O governador do estado da Bahia, Rui Costa (PT), afirma que pode acontecer um segundo pico caso as aglomerações sejam permitidas sem uma vacina
Por: Alex Albuquerque
Comemorar as festas de Ano Novo e Carnaval com grandes aglomerações é um cenário improvável, segundo o governador do Bahia, Rui Costa (PT). Sua opinião foi esclarecida durante entrevista ao vivo na tarde deste sábado, 30, ao jornal CNN.
“Acho que todo o evento, não só no Brasil, mas no mundo inteiro, que gerem aglomerações, acontecerão só depois da vacina. Não dá para imaginar um show antes da vacina. O risco de haver proliferação, um segundo pico, é enorme”, afirma. “Acho pouco provável não só o Carnaval, mas também o Reveillon ou qualquer outra festa com aglomeração”, continua.
A informação sobre as próximas festas vieram após o anúncio de que o estado irá antecipar o feriado junino. “São João, com absoluta certeza, não vai ter. Inclusive, nós antecipamos o feriado. Será um dia normal de trabalho”, afirma.
Até sábado, 30, a Bahia registra 17.626 casos confirmados de coronavírus, segundo boletim da Secretaria de Saúde do Governo do Estado. Dos casos ativos, o número abaixa para 11.279. Em relação à taxa de ocupação de leitos, o número é 58%.
Com medidas de isolamento social vigentes, Rui Costa afirma que os índices seriam melhores se houvesse cooperação do Governo Federal. “O Governo Federal pregou o tempo todo que o vírus era uma gripezinha, que mesmo que morresse trinta a quarenta mil, não tinha problema. Isso criou uma confusão. Os estados e municípios não conseguem fazer o isolamento necessário sozinhos”, indica.
“Enquanto alguns tentam conter o vírus, o Governo Federal não toma medidas, nem deixa os estados fazerem. É impressionante isso. Tentamos controlar a temperatura dos passageiros, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não permitiu”, afirma. Segundo ele, é mais difícil de prever a volta para as atividades regulares sem esse apoio.
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