Partido demonstra ter perdido o rumo. Radicalizou ainda mais o discurso, criou um mundo à margem da realidade e só acumula infortúnios políticos. Bolsonaro agradece
Há um mundo paralelo chamado Petelândia. Nele, o ex-presidente Lula não é alguém encarcerado por corrupção, mas um preso político. Na Petelândia, as eleições do ano passado foram ilegítimas pela não participação de Lula. Nesse universo à parte, porém, a reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela foi legítima, apesar de dois de seus adversários terem sido presos para não concorrer, o que gerou contestação até da Organização dos Estados Americanos (OEA). Na Petelândia, o terrorista Cesare Battisti é uma vítima de governos autoritários, apesar de a Itália ser um país democrático e sua extradição ter sido defendida até mesmo pelos partidos italianos de esquerda. O problema para o PT é que há um mundo à margem da realidade e nele a direção do partido vem tomando iniciativas baseadas nessa percepção ilusória que lhe rende cada vez mais prejuízos políticos. Suas lideranças vivem no mundo da lua.
A maior distrofia política do partido aconteceu na posse de Jair Bolsonaro, eleito democraticamente, inclusive com o respaldo do próprio PT, que disputou o segundo turno contra ele, e deu legalidade ao processo. O PT se recusou a participar da solenidade de posse do novo governo do Brasil, mas a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmman, tomou um avião e foi para Caracas prestigiar a posse de Maduro. Ao insistir num segundo mandato usurpado, Maduro mantém a população venezuelana na maior crise humanitária do continente e mesmo assim o PT foi bater palmas para o ditador Maduro, que não é reconhecido nem mesmo pelo Grupo de Lima, incluindo Brasil e Argentina.
FONTE:
SOBRAL SHOPPING
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