Medida deve ser publicada ainda nesta terça-feira, em edição extra do Diário Oficial da União
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou, nesta terça-feira (15), em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, um decreto que flexibiliza a posse de armas no país. O teor do documento ainda não foi divulgado. Com isso, ainda não é possível saber, na prática, o que mudou.
A flexibilização da posse de armas no país foi uma das principais promessas de campanha de Bolsonaro. Ela não tem relação com o porte de armas, que é o direito de o indivíduo andar armado pelas ruas. A posse, por sua vez, é a autorização para manter uma arma em casa ou no trabalho, desde que o proprietário seja o responsável legal pelo local.
Antes de assinar o decreto, Bolsonaro disse que a população, no referendo de 2005, havia decidido “soberanamente” sobre a questão. “Para lhes garantir esse legitimo direito à defesa, eu, como presidente, vou usar esta arma”, disse, mostrando uma caneta.
Pesquisa Datafolha divulgada na última segunda-feira (14) aponta que, em dezembro, 61% dos brasileiros são favoráveis a que a posse de arma seja proibida no país. Em outubro do ano passado, essa parcela abarcava 55% dos entrevistados pelo instituto de pesquisa.
No mesmo intervalo, os defensores da posse de arma caíram de 41% para 37%. Do total de entrevistados, 2% não souberam responder.
A assinatura do decreto aconteceu em cerimônia com a presença de ministros, parlamentares integrantes da chamada "bancada da bala" e outras autoridades do primeiro e segundo escalões. Mais cedo, Bolsonaro promoveu reunião ministerial, como tem feito às terças-feiras.
Embora seja um dos principais temas tratados por Bolsonaro nos últimos meses, inicialmente, a assinatura do decreto estava prevista para acontecer na Sala de Audiências, no terceiro andar do Planalto, sem a presença maciça de convidados e da imprensa.
Fonte: noticias.uol.com.b
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