Em Fortaleza, onde a média é de quase dez óbitos por dia devido à infecção, crescimento de internações foi de 157,5%
Por: Alex Albuquerque
O aumento significativo no número de internações pressiona as redes de assistência hospitalar do Ceará e de Fortaleza, que já estão sobrecarregadas.
Em pouco mais de um mês, de 3 de janeiro a 13 de fevereiro deste ano, o número de internações de pacientes diagnosticados com Covid-19 cresceu 98% no Ceará, saindo de 512 para 1.018, segundo o IntegraSUS. A situação se agravou, principalmente, ao fim de janeiro.
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta sexta-feira (19), o secretário estadual da Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, Dr. Cabeto, informou que 67 pessoas estão internadas em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Estado à espera de leitos em unidades hospitalares da rede pública, que já estava, naquele dia, com 92,2% das vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos preenchidas. Ontem (20), essa taxa variou um pouco, chegando a 91,65%.
Em Fortaleza, o aumento da demanda por leitos de enfermaria e terapia intensiva de janeiro a fevereiro foi ainda mais expressivo, saindo de 113 para 291, num salto percentual de 157,5%. Houve, porém, um momento de queda. De 24 a 30 de janeiro, a Capital tinha 230 pacientes internados, número que caiu para 211 na semana seguinte, mas saltou para 291 logo depois.
A pressão sobre a rede pública de saúde acompanha a saturação da rede privada. Segundo Aramicy Pinto, presidente da Associação dos Hospitais do Ceará (Ahece), as unidades particulares estão operando com a ocupação máxima de leitos de UTI exclusivos para a Covid-19. Ele relatou que, no dia 11 de fevereiro, os dez hospitais associados que tratam a infecção tinham 98 pacientes internados em UTI, número que subiu para 141 na última quarta-feira (17). Em enfermaria, o crescimento no período foi de 69,5% — de 128 para 217.
Fonte: O Sobralense
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