O sargento da Aeronáutica fazia parte da tripulação que assumiria o voo do avião reserva do presidente Jair Bolsonaro, que viaja ao Japão para participar da cúpula do G20
Por: Alex Albuquerque
Um sargento da Aeronáutica da tripulação que assumiria o voo do avião reserva do presidente Jair Bolsonaro foi detido nesta terça-feira (25) por transportar drogas em sua bagagem. A prisão ocorreu na escala na Espanha, durante o percurso para o Japão. O episódio, que criou desconforto no Palácio do Planalto, levou o governo a mudar a escala do presidente de Sevilha para Lisboa.
No Twitter, Bolsonaro disse ter determinado ao ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, "imediata colaboração com a polícia espanhola, na pronta elucidação dos fatos, cooperando em todas as fases da investigação, bem como instauração de inquérito policial-militar". Segundo ele, caso seja comprovada culpa do militar, o sargento será "julgado e condenado na forma da lei".
O fato de Bolsonaro ter se pronunciado preocupou assessores, cuja avaliação é de que o presidente levou o problema para "o seu colo", quando o assunto era tratado longe do Planalto.
O sargento embarcou em Brasília, no avião reserva da Presidência o Embraer 190, do Grupo de Transportes Especiais, da Força Aérea, que transportava três tripulações de militares para a missão presidencial.
Nesta quarta-feira (26), a Guarda Civil espanhola informou que o sangento da FAB transportava 39 kg de cocaína em sua mala. "O militar foi interceptado durante um controle com 39 quilos de cocaína divididos em 37 pacotes" em sua mala, disse uma porta-voz da força policial em Sevilha.
"Em sua mala, havia apenas drogas", afirmou.
De acordo com o porta-voz, o militar se apresentou ante um tribunal nesta quarta-feira, acusado de cometer delito contra a saúde pública, uma categoria que inclui o tráfico de drogas na Espanha.
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