O PSB, o PDT e o PCdoB anunciaram nesta quinta-feira, 20, que formarão um bloco na Câmara dos Deputados de oposição ao governo de Jair Bolsonaro.
Os blocos partidários são importantes instrumentos com capacidade de influenciar votações e na composição de comissões da Casas. Eles também têm peso fundamental na eleição do presidente da Câmara.
Segundo a nota, o grupo irá fortalecer “as posições políticas e a ação parlamentar desses partidos que têm identidade histórica e mais aqueles que eventualmente ao bloco queiram se reunir”. Juntos, PSB, PDT e PCdoB, elegeram 69 deputados nas eleições de outubro.
“Reafirmam, assim, que farão oposição ao governo eleito, em conformidade com o resultado e o desejo expresso pelas urnas, na defesa da democracia, dos direitos sociais, dos calores éticos e republicanos, e defenderão ideias e propostas a favor dos interesses do país”, diz nota assinada pelos líderes dos três partidos.
Ciro afirmou em live em suas redes sociais que o bloco teria duas tarefas, uma emergencial que seria organizar o movimento nas mesas da Câmara e do Senado Federal, sendo trincheiras que podem estimular o Bolsonaro a jogar o jogo democrático. Garantindo a normalidade institucionalidade democrática, defesa do interesse nacional e defesa contra o avanço contra a rede de proteção social, agenda dos mais pobres. E outra fazer política respeitando os ritos da democracia, tendo uma relação propositiva quanto ao Governo, não sendo a negação e sim uma afirmação de um conceito, de um projeto.
O PT, partido que chegou ao segundo turno da eleição presidencial e elegeu o maior número de deputados federais em outubro, não irá integrar o bloco e pode se ver isolado em 2019.
Desde o início das negociações para a composição do grupo, parlamentares integrantes dos três partidos —principalmente do PDT— afirmavam que os petistas seriam bem-vindos, desde que abrissem mão de serem os protagonistas do bloco de oposição.
Bolsonaro sente o golpe
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), se manifestou pelo Twitter sobre o bloco de oposição que se articula na Câmara dos Deputados para 2019.
PDT, PSB e PCdoB confirmaram união no Congresso contra o governo do capitão da reserva do Exército. Fossem situação, disse Bolsonaro, “é que preocuparia o Brasil”. E complementou: “não darei a eles o que querem”.
Em reposta a Bolsonaro, Flavio Dino (PCdoB), governador do Maranhão afirmou que “Jamais pensamos em tal apoio. Seria um disparate, uma vez que o nosso compromisso é, de verdade, com o Brasil. E não com os Estados Unidos . ” Falando do tom neoliberal proposto por Bolsonaro, que vem buscado atender ao Mercado e vender patrimônio nacional a grupos estrangeiros. A resposta de Dino viralizou nas redes sociais.
Postado por: