A escolha da composição da chapa para a disputa do Palácio da Abolição segue aberta mesmo com a posse de Izolda Cela (PDT), como governadora até o fim do ano.
Apesar do discurso de indefinição entre os nomes, na avaliação de algumas lideranças políticas, por estar na gestão, Izolda pode ter vantagem em relação aos outros pré-candidatos.
Izolda é um dos nomes na disputa que tem ainda o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, o deputado estadual, Mauro Filho e o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão, todos do PDT.
Para o deputado federal José Guimarães, um dos principais líderes do PT, segundo maior partido da aliança com o PDT, por ser a chefe do executivo, no momento, Izolda está em vantagem.
“A Izolda tem a chance de ouro nas mãos dela. Por assumir o governo, ela é a favorita, digo pela primeira vez. É a tese natural, se vai ser ou não, nós vamos discutir na aliança. Quem quer ganhar a eleição no Ceará não pode se afastar do PT, pelo peso do Lula e pelo peso do Camilo”, avalia.
No PDT, o discurso é de que a escolha do nome segue em debate e só será definida após discussão com partidos e grupos aliados. Para o senador, Cid Gomes "não há relação" entre a posse de Izolda e eventual decisão pelo nome dela para disputar a reeleição. Mas ele admite que o desempenho de Izolda no governo tem um peso.
“Naturalmente, o trabalho que ela vai fazer ao longo desses meses, será indicador levado em conta”, comentou.
Para o presidenciável, Ciro Gomes, a escolha do nome da chapa não deve levar em conta alguém com um perfil para enfrentar o grupo de oposição, liderado por Capitão Wagner (do União Brasil), e pré-candidato ao governo. Para Ciro, o nome pedetista vai representar a defesa do projeto que vem sendo desenvolvido pelo grupo politico.
“Nós não estamos preparando um perfil para enfrentar ninguém. Nós queremos defender um projeto: 60% das crianças de nível médio em ensino de tempo integral, temos uma rede de saúde que é a melhor do Brasil. Não podemos deixar esse projeto. Isso acaba no dia que a gente deixar o bolsonarismo botar as mãos no ceará”, declarou.
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