Por: Alex Albuquerque
Em audiência pública na Câmara nesta quarta-feira (27) para debater o plano do governo para o setor de energia, o deputado Leônidas Cristino defendeu a retomada da refinaria no Ceará, que chegou a ser anunciada no governo Dilma, a não privatização da Eletrobras e a abertura das ferrovias das grandes mineradoras para as pequenas.
O parlamentar lembrou que estava combinada a implantação de uma nova refinaria no Ceará e outra no Maranhão. “Precisamos de novas refinarias”, defendeu Leônidas Cristino. E acrescentou: “Temos de construir parcerias para superar o paradoxo que é vender petróleo bruto e comprar refinado”.
Após citar o ministro das Minas e Energia, que afirmou que o Brasil é o Oriente Médio das Américas, com grande quantidade de petróleo bruto, Leônidas Cristino considerou um paradoxo que o país venda petróleo bruto para comprar o produto refinado a preços do mercado internacional. O deputado enfatizou que esta situação não combina com o interesse nacional.
“Não podemos deixar que o governo entregue quase de graça a Eletrobras. A Câmara Federal não pode deixar que este governo venda esse sistema tão importante para o futuro do país”, afirmou o deputado cearense. Com ironia, Leônidas Cristino assinalou que o atual governo gosta tanto de copiar os Estados Unidos, mas devia olhar a quem entregaram a geração de energia do país, ao próprio governo.
Leônidas Cristino observou que o Posto Ipiranga (o ministro da Economia, Paulo Guedes), diz que vai vender tudo - a Eletrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica. “Se duvidar, ele vai vender o rio São Francisco e a Serra da Canastra, as nascentes do manancial. No momento em que vender o sistema elétrico nacional de hidrelétricas, está vendendo o regime das águas desses rios. Isso não podemos aceitar”, protestou o deputado.
“O Brasil é país do paradoxo, da contradição. O atual governo fica indo e voltando; indo e voltando, quando não vai ao cinema”, ironiza Leônidas Cristino.
O deputado criticou também o sistema atual em que as grandes mineradoras constroem as ferrovias, recebem a concessão da operação, têm o direito de passagem mas só dão para quem querem. “A grande mineradora não vai dar passagem para uma empresa que está competindo com ela, jamais. Assim, fica inviabilizada a operação das pequenas mineradoras”.
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