As quatro expulsões foram divulgadas pela CGD nesta sexta-feira (13).
Consta na decisão publicada nesta sexta-feira (13) no Diário Oficial do Estado (DOE) que o grupo posou em fotografias ao lado de um dos líderes do movimento, o cabo Sabino. Para a comissão processante, a ação demonstrou afronta à disciplina militar.
"Assim sendo, supostamente, praticaram ato de incitação à subversão da ordem política e social, assim como instigaram outros policiais a atuarem com desobediência, indisciplina e a incorrerem na prática de crime militar", diz a Controladoria. Ao todo, até o momento, são cerca de 20 agentes da Segurança Pública do Ceará expulsos ou demitidos por participarem da paralisação, em 2020.
Flávio Alves Sabino, o Cabo Sabino, também foi expulso devido a sua participação no motim, no Estado do Ceará.
CONDUTA DOS SERVIDORES
A defesa dos PMs chegou a dizer que as acusações impostas se baseavam unicamente em uma suposta imagem que circulou nas redes sociais. A comissão afirma que a abertura do processo só aconteceu também por meio de outros elementos.
"Todos os processados foram reconhecidos, pelos Oficiais comandantes diretos, assim como pelo então Comandante do CPRAIO. Desse modo, conclui-se que a prova testemunhal foi robusta e enfática em afirmar que os processados participaram do movimento paredista".
Ainda consta na publicação que os comportamentos dos acusados se mostraram incompatíveis "com o que se espera de profissionais inclinados para a missão da Segurança Pública, tendo em vista os seus manifestos descompromissos com
a função inerente aos seus honrosos cargos".
SANÇÕES MANTIDAS
Também no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira foi divulgado que estão mantidas as sanções de expulsão aplicadas aos PMs: cabo Alexandre de Castro Lima, soldado Allyson Moreira Cajazeira e soldado Gabriel Lima Martins.
A CGD informa que pelo menos outros 350 policiais foram identificados por participarem no motim e permanecem respondendo a processos administrativos disciplinares. "Além disso, existem investigações em curso que podem resultar em novos processos disciplinares", diz a Controladoria.