O governador Camilo Santana (PT) anunciou na tarde sexta-feira (14), mudanças no decreto que está em vigor no Ceará.
Para enfrentar a alta de casos de síndrome gripal, o Comitê Estadual de Combate à Pandemia deliberou a aplicação de novas medidas, anunciadas no início da tarde desta sexta-feira (14) pelo governador Camilo Santana, através de transmissão ao vivo pelas redes sociais.
São elas: recomendação de adiamento, por duas semanas, do início das aulas para estudantes de até 11 anos; limitação do público dos estádios a 30% da capacidade; e obrigatoriedade da máscara padrão N95 ou similar para trabalhadores de farmácias, supermercados e escolas.
No caso do adiamento da volta às aulas para ensino fundamental e educação infantil, a recomendação é especialmente direcionada às unidades que previam iniciar o ano letivo na próxima segunda-feira (17). O novo prazo é importante para assegurar a aplicação da primeira dose de imunização deste público e viabilizar nova avaliação do cenário epidemiológico.
“Continuamos com aumento muito forte da Covid. A ômicron tem agressividade muito forte, do ponto de vista da velocidade de disseminação do vírus. Portanto, precisamos manter todos os cuidados necessários para diminuir essa transmissão. É um momento forte [dos números] da positividade e do atendimento assistencial, principalmente nas Unidades Básicas de Saúde”, justificou Camilo Santana.
Em todo o Ceará, a taxa de exames positivos para a presença do novo coronavírus tem crescido progressivamente, apontou o Secretário da Saúde do Estado, Marcos Gadelha, que também participou da transmissão ao vivo ao lado do governador.
“Em Fortaleza, a positividade chegou a quase 45%. Isso significa que, de cada 100 pessoas que fizeram o exame, quase metade está com exame positivo, refletindo essa alta transmissibilidade dessa nova variante, a ômicron. A quantidade de atendimento nas unidades básicas de Fortaleza tem aumentado bastante. Outra porta de entrada do sistema de saúde são as UPAs, onde o número de atendimento tem chegado a quase mil atendimentos diariamente, uma mistura de síndrome gripal, Covid-19 e não-Covid”, resumiu Marcos Gadelha.
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