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Leônidas Cristino alerta para risco de desemprego estrutural no país com 13 milhões sem trabalho

O deputado federal Leônidas Cristino alertou para o risco de desemprego estrutural, quando se torna permanente a dificuldade do país para conseguir recolocar os desocupados no mercado de trabalho. Em discurso nesta quarta-feira (dia 2) na Câmara, o parlamentar observou que o problema do desemprego crônico perdura desde o governo Temer e continua agora no início da gestão do presidente Bolsonaro com agravamento da crise.   
Por: Alex Albuquerque 
Leônidas Cristino alerta para risco de desemprego estrutural no país com 13 milhões sem trabalho
Ao analisar o período de quatro anos que se inicia no final do governo Dilma, segundo o deputado, se observa uma oscilação do desemprego entre 12 milhões a 13 milhões. “O retrato do caos é a tragédia do desemprego, cuja taxa aumentou para 12,4% da população ativa no trimestre encerrado em fevereiro deste ano e já atinge 13,1 milhões de brasileiros”.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O trimestre anterior fechou com taxa de desemprego de 12% - 12.669 desempregados. Foram lançadas no desemprego 429 mil pessoas de um trimestre ao outro que se encerrou em fevereiro deste ano.
Leônidas Cristino diz que passaram-se os três primeiros meses do governo e não tivemos a apresentação de um horizonte de ações factíveis para debelar esta crise. A reforma da Previdência, colocada como panacéia, não decolou, avalia.
Enquanto isso, no twitter - acrescenta o deputado cearense - o presidente comemora a criação de 211 mil vagas de trabalho com carteira assinada nos dois primeiros meses do ano. E diz ainda que "a visão liberal de nosso governo passa confiança à economia real, e os empresários começam a contratar mais".
“O otimismo é positivo. Mas fake news não empana o quadro real da situação extremamente preocupante. O que o mandatário comemora não é bem o que os analistas do cenário econômico têm constatado no país com base na realidade dos números. O cenário de incerteza inibe contratações”, afirmou Leônidas Cristino.
Conforme o parlamentar, a situação atual do país não inspira confiança nem coragem para os investidores. “Os consumidores se retraem. Os empresários se valem da cautela nestes tempos difíceis”.
O PNAB-IBGE aponta ainda que já é de 4,9 milhões o contingente de pessoas que desistiram de procurar emprego, os chamados desalentados. O número constitui recorde na série histórica e acrescentam 275 mil pessoas em relação ao trimestre anterior.

Também bate recorde com 27,9 milhões de pessoas a população subutilizada - os que dão até 40 horas semanais de serviço e poderiam estar trabalhando mais horas -, o maior número da série histórica iniciada em 2012. A tragédia social produz maior impacto sobre os jovens, 27,2% desempregados em dezembro de 2018. Desde 2014 triplicou o número de desalentados com idade até 24 anos e chegou a 1 milhão e 700 mil.

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