A secretária do Ministério da Saúde deve visitar hospitais e postos da Capital para iniciar a implantação do estudo no serviço de emergência
Por: Alex Albuquerque
Alessandro Vasconcelos, Mayra Pinheiro, Gustavo Hoff e Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Cabeto). Representantes do Ministério da Saúde em reunião com o secretario da Saúde do Estado, na Sesa, na Praia de Iracema.
Para entender as necessidades dos serviços de emergência fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o novo planejamento das atividades de unidades hospitalares de 100 municípios será realizada. A primeira cidade a receber o projeto piloto de dimensionamento do sistema é Fortaleza. Na manhã desta quarta-feira, 20, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (STGES) do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, reuniu-se com o secretário da Saúde do Estado, Carlos Roberto Martins, o Cabeto, para discutir a implantação do estudo na Capital.
Indicadores das práticas de emergência de Fortaleza devem começar a ser analisados por técnicos do ministério e da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Número de unidades de saúde, quantidade de profissionais que trabalham em cada uma, o tempo de permanência hospitalar dos pacientes, demora no atendimento e taxa de mortalidade são alguns dos dados que serão colhidos, de acordo com Mayra Pinheiro. “Depois de coletar as informações, vamos pegar modelos padrões, comparar com o que temos e sugerir adaptações”, diz a secretária.
Fortaleza foi escolhida para ser a primeira cidade a passar pelo projeto por também ser incluída em outras atividades de redimensionamento das forças de trabalho nos atendimentos emergenciais. A união das iniciativas federais e estaduais no Ceará deve ser modelo para as outras 100 cidades que participarão do projeto. Segundo o titular da Sesa, desde janeiro o Ceará trabalha na montagem do diagnóstico desse serviço. Com a parceria, Carlos espera que sejam apresentadas novas metodologias e inovações para fazer o estudo.
Nesta tarde, Mayra deve visitar o Hospital Geral de Fortaleza, o posto de saúde Maurício Matos Dourado e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Yolanda Queiroz.
“Nossa preocupação hoje é que sabemos que as emergências brasileiras têm profissionais que muitas vezes não estão treinados para o bom desempenho frente situações de urgência, que requerem rapidez e habilidades especiais”, diz Mayra. Um dos objetivos principais da análise, para a secretária, é traçar necessidades de formação dos profissionais da saúde e proporcionar a capacitação por meio de recursos públicos. “Isso vai resultar em economia para o Estado, eficiência para o paciente e melhoria das condições de trabalho para os profissionais”.
Mayra afirma ainda que não é possível dizer se o estudo resultará em cortes ou aumento de verbas para a saúde pública, pois vai depender das respostas aos questionamentos da análise. “É possível ter número de profissionais além do que deveria em algum lugar, porém sendo mal utilizados, pois não garantem eficiência para o serviço. Ou talvez exista sobrecarga de trabalho que não permite a execução das boas práticas e vamos precisar sugerir aumento de contratações”.
PUBLICIDADE;
Nenhum comentário:
Postar um comentário