Cid reconheceu que o tema é “constrangedor”, mas afirmou manter a consciência tranquila sobre cada passo dado nos últimos anos. Segundo ele, ao longo de décadas, dividiu com Ciro a condução da política: enquanto o irmão articulava nacionalmente, ele se dedicava à organização do campo político no Ceará. Cid também ressaltou sua admiração pela trajetória de Ciro, afirmando que sempre se inspirou no ex-ministro e reconhecendo o papel importante dele na própria vida pública.
Ao falar sobre a origem da divergência, Cid voltou ao período pré-eleitoral de 2022 e relembrou que trabalhava para que PT e PDT permanecessem aliados no Ceará, unidos em torno de um nome indicado pelo PDT para disputar o Governo do Estado. Para ele, era natural que líderes como Lula e Camilo Santana considerassem essa composição como caminho preferencial.
Entretanto, a falta de entendimento entre as lideranças nacionais e locais acabou desencadeando um dos maiores rompimentos políticos já vividos no grupo liderado pelos irmãos Ferreira Gomes. O senador relembrou que a crise interna culminou na divisão do PDT cearense e resultou em decisões distintas no campo eleitoral.
Durante a entrevista, Cid foi direto ao declarar seu posicionamento atual: seu voto para governador em 2026 será para Elmano de Freitas, destacando que o petista tem conduzido o estado com responsabilidade e diálogo.
O episódio reacende o debate sobre a relação entre os irmãos, que há décadas figuram entre as principais lideranças políticas do Ceará, e mostra que as feridas políticas abertas em 2022 ainda repercutem no cenário estadual.


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