Em 2019, a enfermeira Rosa Ester Fontenele Chaves Ribeiro, de 44 anos, perdeu a filha Júlia, de apenas 9 anos, após um quadro de insuficiência respiratória. Mesmo diante da dor, a família decidiu autorizar a doação dos órgãos, transformando o luto em esperança para outras vidas.
O gesto marcou profundamente a trajetória de Rosa, que hoje integra a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) do Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral. Funcionária da unidade há 11 anos, ela atua no centro cirúrgico e acompanha o processo de identificação de doadores e acolhimento às famílias.
No Setembro Verde, sua história ganha ainda mais força. Rosa lembra que a saudade nunca diminui, mas a doação traz consolo: “Se a Júlia podia salvar vidas, esse seria o legado dela”.
O trabalho da Cihdott tem refletido em avanços. A taxa de efetivação de doadores no HRN passou de 18% em 2020 para 27% em 2025, resultado de um esforço que une ciência, empatia e solidariedade.
A história de Rosa e Júlia mostra que, mesmo em meio ao luto, é possível dizer “sim” e multiplicar vidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário