Em discurso nesta quarta-feira (25), Tebet fez novos elogios ao PSDB, que tenta trazer para aliança.
Agora como "pré-candidata da terceira via", Simone segue em busca de aglutinar outros partidos, com destaque para o PSDB e o senador Tasso Jereissati, um dos nomes cotados para vice da senadora e que, além da relevância nacional do tucano, preenche uma lacuna cara de apoio a Tebet: os caciques do MDB no Nordeste, como o ex-senador Eunício Oliveira, no Ceará, e o senador Renan Calheiros, em Alagoas.
Na terça-feira (24), quando a Executiva Nacional do MDB e diretórios estaduais confirmaram apoio a Tebet, estavam ausentes os diretórios do Ceará, de Alagoas e da Paraíba. As lideranças desses estados são publicamente contra o lançamento da senadora e defendem o apoio à pré-candidatura de Lula (PT).
Sem amplo apoio no Nordeste, a tentativa de levar o PSDB para a chapa, inclusive com engajamento de Tasso, ganha força. Seria uma forma de fortalecer o nome da senadora junto ao eleitorado na região. O PSDB marcou para 2 de junho uma reunião em que devem decidir sobre o apoio ao MDB.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Tasso disse, nesta quarta (25), que "Simone é um ótimo nome. Avançou bastante o nome dela nas nossas negociações com o MDB e o Cidadania". O senador, no entanto, refuta a possibilidade de ser o vice e defende o nome do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB): "não é um projeto meu".
ACENOS DE TEBET
Em seu discurso hoje, Tebet não poupou elogios ao ex-governador do Ceará e ao presidente nacional do PSDB.
“Tenho em um dos grandes líderes do PSDB hoje, e faço agora uma homenagem em nome do meu amigo pessoal, meu querido e particular amigo, alguém com quem eu me aconselho, senador Tasso Jereissati, e de um grande amigo que também conquistei ao longo do tempo, que é o presidente Bruno Araújo, faço homenagem à história do PSDB”, disse.
CEARÁ
Líder do MDB no Estado, Eunício Oliveira é um dos defensores do palanque para Lula no Ceará. Opositor de Ciro Gomes, pré-candidato do PDT, Eunício já chegou a colocar seu nome como candidato em possível aliança com o PT, para garantir palanque ao ex-presidente.
O ex-senador reuniu membros do MDB em um jantar com Lula em abril. Na ocasião, ele negou que se tratasse de uma traição a Tebet.
"Não estamos fazendo o jantar para boicotar a candidatura da Simone, falei com o presidente do partido que ia fazer essa reunião. Não tem traição", disse à época.
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