O presidente da Argentina, Javier Milei, que chegou ao poder com um forte discurso anticorrupção, enfrenta uma das maiores crises desde o início de seu governo.
Foram divulgados áudios atribuídos ao seu advogado pessoal, Diego Spagnuolo, que também comandava a Agência Nacional para Pessoas com Deficiência (Andis). Nas gravações, a voz que seria dele aparece negociando propina de 8% na distribuição de medicamentos destinados a pessoas com deficiência.
As denúncias ainda citam que 3% do valor total arrecadado seriam destinados a Karina Milei, irmã do presidente e atual secretária-geral da Presidência argentina.
Embora combativo em outras ocasiões, Milei tem evitado declarações públicas sobre o caso. Seu governo, no entanto, não negou a autenticidade dos áudios e afastou Spagnuolo do cargo.
Nos bastidores, membros do governo reconhecem a gravidade das acusações. Autoridades argentinas já iniciaram operações para apreender celulares e documentos que possam estar ligados ao escândalo.
