EPE já previa aumento na produção para 3,36 barris de petróleo por dia para esse ano. Capacidade de refino, no entanto, ainda precisa progredir.
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Henrique Saboia, comentou a expansão da produção de petróleo, anunciada pelo Ministério de Minas e Energia.
“O aumento da nossa produção vai crescer naturalmente através do investimento das nossas empresas”, comemorou. No entanto, Saboia não garante que o crescimento vai causar impacto direto no preço dos combustíveis no país.
“A nossa produção é destinada, muitas vezes, para o refino interno, às vezes para exportação… isso depende das empresas, o direcionamento que cada empresa produtora vai dar ao seu produto. Então, em tese, isso contribui para a oferta no mercado e, sem dúvida nenhuma, é um fator positivo”, explicou o presidente da ANP.
A avaliação foi feita antes da abertura do 35º Congresso da Associação Ibero-americana de Gás Liquefeito de Petróleo (AIGLP), no Rio de Janeiro. ]
Nesta quarta-feira (23), o ministro Bento Albuquerque afirmou que, a partir deste ano, o Brasil irá aumentar em 300 mil barris por dia a produção de petróleo.
Segundo Albuquerque, a ideia é tentar ajudar na estabilização do mercado internacional de commodities.
A diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Heloisa Borges, explicou que, de acordo com o plano, a previsão é de que o Brasil atinja os 3,36 milhões de barris produzidos por dia ainda esse ano. Até 2031, a expectativa é chegar a 5,17 milhões/dia.
Desse total previsto para próxima década, 93% são sustentados por recursos já descobertos. Segundo Heloisa, a maior parte do aumento virá da Petrobras.
A diretora de estudos, lembrou, ainda, que a produção brasileira, hoje, já supre a demanda de petróleo, mas para os derivados é necessário investir no parque de refino. “A gente se tornar autossuficiente em vários derivados ainda essa década. Isso em função de alguns investimentos que a gente está esperando com o novo modelo de abastecimento e com a dinamização que a gente está vendo acontecer no nosso abastecimento nacional.”
Heloisa acredita que o país caminha para uma diminuição nos preços dos combustíveis, mas lembra que esses valores não dependem apenas da produção brasileira e sim do mercado internacional.