O parlamentar licenciado rebateu, em entrevista, declarações do prefeito, que subiu o tom contra o opositor
Por: Alex Albuquerque
O deputado federal licenciado Capitão Wagner, pré-candidato do Pros à Prefeitura de Fortaleza, respondeu, neste domingo (9), às críticas feitas pelo prefeito Roberto Cláudio (PDT) em entrevista à Coluna Poder, do Diário do Nordeste. Ele disse que não há cabimento em associar sua pré-candidatura a um “radicalismo” e que, ao “atacá-lo”, o atual gestor municipal estaria desviando o foco de “denúncias” que precisam ser respondidas. Capitão Wagner afirmou, ainda, que não entrará no debate com Roberto Cláudio porque “não é ele o candidato”.
“Ele quer me chamar para um ringue para o qual não vou aceitar o convite. Ele não é candidato, não tenho que ficar discutindo com ele, vou discutir com quem seja o candidato que eles (grupo governista) vão apresentar, até porque o foco do debate é esse. Não vou debater com quem está saindo, tenho que debater com quem quer entrar”, declarou, em entrevista ao Diário do Nordeste.
À Coluna Poder, Roberto Cláudio disse que, nas eleições municipais deste ano, “nosso maior desafio será enfrentar os piores sentimentos que representam o 'bolsonarismo' radical aqui em Fortaleza. E tem um representante aqui, claramente, que é o deputado Capitão Wagner. E vamos lá, há um misto aí de inexperiência para governar, de despreparo e radicalismo”. Para o prefeito, “essa mistura tem causado para o Brasil muita tensão, instabilidade, receio, e é esse tipo de sentimento que o deputado Capitão Wagner e sua turma apresentam como risco para Fortaleza”.
Capitão Wagner, por sua vez, afirmou que não há “sentido” na fala do prefeito, visto que “muitos dos aliados que estiveram com ele na eleição passada estão nos apoiando nesse momento”. Ele citou que tem, até agora, apoios formalizados de partidos como Republicanos, PTC e PSC, que compunham a base governista, e adiantou que, nos próximos dias, deve receber oficialmente apoios do PMB e do PMN, também ex-aliados de Roberto Cláudio na Capital. “Então, não há qualquer cabimento na associação que ele faz”, completou.
Wagner também sustentou que não pode ser colocado como "candidato do (presidente Jair) Bolsonaro", porque o chefe do Palácio do Planalto já teria dito que não apoiará nenhuma candidatura a prefeito no País e também pelo fato de que ele já havia se colocado como postulante ao Paço Municipal em 2016, antes da eleição presidencial de 2018.
O parlamentar cobrou, ainda, que o prefeito dê esclarecimentos sobre o caso da compra de respiradores, que não foram entregues pela empresa contratada e ainda não tiveram o valor ressarcido aos cofres públicos na totalidade; e também sobre áudio vazado nas redes sociais em que supostamente o deputado estadual Bruno Gonçalves (PL) negociaria com um pré-candidato a vereador apoio financeiro em troca de composições políticas para o pleito.
“Na questão dos respiradores, até hoje ele não respondeu por que não entrou com uma ação criminal; e segundo, ele deve explicar a fala do deputado Bruno Gonçalves”, disse.
Na entrevista, Roberto Cláudio informou que “já há uma decisão judicial da Prefeitura, ganha na Justiça, solicitando que esses recursos possam retornar aos cofres públicos. Inclusive, a Prefeitura solicitou a quebra de sigilo fiscal e bancário das empresas para que a Justiça possa justamente reaver integralmente esses valores ao Município de Fortaleza. Já temos duas decisões favoráveis nesse sentido e a gente espera que muito em breve a situação esteja completamente resolvida”.
O prefeito também acusou oposicionistas de produzirem “fake news” e destacou que não comentaria “denúncias” das quais não conhece a origem e nem partem do Ministério Público.
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