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Em confronto com a Polícia, três suspeitos são mortos e outros três presos em Guaiúba



Um dos presos é suspeito de participar do roubo de uma carga de explosivos no dia 20 de dezembro de 2018, em Aquiraz

Por: Alex Albuquerque 

Três suspeitos morrem e outros três são presos durante confronto com a polícia em Guaiúba

Durante uma operação da Polícia Militar do Ceará (PMCE), três homens foram baleados e mortos após entrar em confronto com os agentes de segurança. Outros três foram presos, além de terem sido apreendidas seis armas de fogo. Um dos presos é suspeito de participar do roubo de uma carga de explosivos no dia 20 de dezembro de 2018, em Aquiraz. As informações são da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
A Força Tática da PMCE apurou denúncias de que indivíduos estariam armados por vias do município de Guaiúba e realizou diligências até a Estrada Parada da Alegria, onde foi recebida a tiros. Durante o confronto, cinco suspeitos foram lesionados e conduzidos para unidades de saúde em Fortaleza e Guaiúba, onde receberam atendimento médico.
Desses cinco, três foram mortos. São eles: Francisco Iranildo Costa da Silva, de 24 anos, sem antecedentes criminais; Antonio Pereira da Silva Filho, de 18 anos, com passagens quando ainda era menor de idade; e Edimilson Xavier da Silva, de 24 anos, conhecido como "Loirim Dragão", com mandado em aberto por homicídio qualificado por motivo fútil e por impossibilitar a defesa da vítima, passagens por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e por posse de drogas.
Seguem internados Daniel Rodrigues da Silva, de 30 anos, com passagens por homicídio e crime ambiental, e Antonio Marcos Sales Roque Filho, de 18 anos, que respondeu a um ato infracional quando menor. Ambos estão escoltados por policiais militares até receberem alta médica.
O terceiro suspeito preso, identificado como Welyson Nogueira Fernandes Gomes, 21 anos, conhecido por "Cueca", é apontado como um dos participantes do roubo de um caminhão com explosivos. Ele foi capturado por uma equipe do Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio), na localidade Riachão, em Baturité, e confessou aos agentes que estava dando apoio aos suspeitos que trocaram tiros com os agentes em Guaiúba.
Welyson possuía mandado de prisão em aberto por integrar associação criminosa e roubo qualificado por concurso de pessoas, restrição de liberdade e subtração de substâncias explosivas, decorrente do roubo da carga de explosivos. Ele foi conduzido para a Delegacia Metropolitana de Guaiúba, onde foi autuado em flagrante por organização criminosa, posse de arma de fogo e tráfico de drogas, além de dar cumprimento ao mandado judicial em desfavor dele. Daniel Rodrigues e Antonio Marcos Sales foram autuados nos mesmos crimes, e ainda vão responder por tentativa de homicídio.
Dentre as armas de fogo apreendidas, estão um fuzil AK 47, uma metralhadora artesanal calibre 380, uma escopeta calibre 12, duas pistolas (.40 e 380) e uma revólver calibre 38. Também foram apreendidos 290 gramas de maconha, 630 gramas de crack, uma balança de precisão, anotações do tráfico e 69 munições de calibres diversos. O material apreendido foi levado para a realização de procedimento policial na unidade da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), em Guaiúba.
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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ

BRASIL: DEPUTADOS GASTAM R$ 22,1 MILHÕES EM ALUGUEIS DE CARROS EM 2019

Terceira maior despesa bancada pela verba indenizatória dos deputados federais em 2019, locação de veículos custou aos cofres públicos R$ 22,1 milhões. Foram 5.298 notas fiscais e recibos foram emitidos a 413 deputados. O Congresso em Foco, em parceria com o Instituto OPS, traz para você os cinco gabinetes que mais gastaram com com a rubrica.

Por: Alex Albuquerque 



Os dois parlamentares da Câmara que mais gastaram com locação de veículos foram José Airton Cirilo (PT-CE) e Ricardo Teobaldo (Podemos-PE), com R$ 127.130,00 cada um. O cearense aluga mensalmente uma pick-up Trailblazer 2017/18 movida à diesel que custa, de acordo com a tabela Fipe, pouco mais de R$ 150 mil. Se o contrato de locação continuar, em fevereiro de 2020 o valor pago será o equivalente à compra dessa SUV.

A locadora, originalmente uma construtora e empresa de limpeza e conservação, funciona em um modesto prédio na capital cearense, sem placa de identificação, cujo sócio é pai de um de seus assessores na Câmara.

Já o pernambucano Ricardo Teobaldo aluga dois veículos, uma Hilux ano 2018 e um Toyota Corolla de mesmo ano. Assim como Cirilo, Teobaldo paga o valor limite mensal estabelecido pelas normas da Câmara para essa cota, R$ 12.713 por mês.

O deputado Paulo Guedes (PT-MG) gastou no ano passado R$ 126.260,00 em alugueis de carros. O mineiro, que já atuou como secretário de Estado do governo Fernando Pimentel, aluga três carros, sendo um Onix 2019, uma Hilux 2009 e uma S-10 LTZ 2013 que juntas custaram, nos últimos meses, R$ 11.860 por mês.

O sergipano Bosco Costa (PL), gastou R$ 125,600,00 com alugueis de carros em 2019. Alugando três carros por mês, sendo uma Amarok, um Cobalt e um Corolla, o custo da locomoção por terra do deputado gerou uma conta de R$ 12.560 por mês aos cofres públicos nos últimos meses.

O deputado João Marcelo Souza (MDB-MA) gastou R$ 124,5 mil no último ano em aluguéis de carros. O maranhense utiliza dois carros, sendo uma Ford Ranger XLT e um Corolla.

Já o deputado Alex Santana (PDT-BA), utilizou de R$ 124,4 mil do dinheiro público em aluguéis de carros. Parlamentar de primeiro mandato, o deputado aluga todos os meses um Cronus e uma Hilux SUV 2019, o que custa R$ 11,8 mil aos cofres públicos.

Altos valores em locações de veículos se tornaram um dos principais assuntos políticos de 2013 nas redes sociais e na mídia. Isso porque o Congresso em Foco e a OPS, que operava naquela época como Operação Pega Safado, descobriu que vários deputados alugavam carros de forma, no mínimo, estranha.

Havia locação de seis carros para um mesmo deputado, locadora com endereços onde existia uma padaria e até locadoras sem estabelecimento constituído. E foi graças à essa série de denúncias feitas pela OPS que o Tribunal de Contas da União publicou em dezembro passado, uma série de recomendações à Câmara e ao Senado para que, pelo menos, limitem gastos das rubricas.

No caso de locação de veículos, ministros do TCU disseram que “o montante mensal para locação ou fretamento de veículos automotores, R$ 12.713,00, por exemplo, parece elevado o suficiente, que, não fosse expressa vedação, possibilita a própria aquisição de veículos pelos beneficiários. Não há qualquer avaliação da razoabilidade deste valor.”

Em 2017, o site  e a OPS voltaram a denunciar a "farra do cotão". Parlamentares gastaram juntos R$ 235 milhões da verba indenizatória em 2016, o equivalente a mais de 250 mil salários mínimos na época.

Outro lado:

A reportagem entrou em contato com a assessoria do deputado Teobaldo, que respondeu que o os "veículos citado pela reportagem foram locados para atender as demandas do parlamentar, durante os deslocamentos realizados dentro do estado de Pernambuco e em Brasília. As locações dos veículos atendem todos os requisitos estipulados pela mesa diretora da Câmara, através do Ato da Mesa 43/2009, que dispões da utilização da cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, visando o custeio de despesas típicas do exercício do mandato parlamentar".

Já a assessoria do Paulo Guedes, afirmou que os gastos do deputado "são compatíveis com a atuação do seu mandato em Brasília e sua permanente presença na base, que é composta de cerca de 250 municípios, incluindo toda a região Norte e Noroeste de Minas Gerais e vales do Jequitinhonha e Mucuri. A grande extensão territorial é uma das principais características dessas regiões, com longos trechos de estrada entre as cidades, o que exige uma estrutura segura de transporte".

A reportagem tentou contato com os gabinetes dos demais parlamentares citados na matéria, mas até a publicação não conseguiu contato. O Congresso em Foco segue à disposição para atualizar a matéria com as respostas dos deputados.

Fonte:  Instituto OPS

A Operação Política Supervisionada (OPS), braço fiscalizatório do Instituto OPS, é uma rede de colaboradores voluntários localizados em várias regiões do país que, liderada por seu fundador, Lúcio Big, ajuda no levantamento de informações importantes e indispensáveis nas auditorias realizadas em vários estados que resultaram numa economia aos cofres públicos de quase R$ 6 milhões.


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CLÍNICAS PLAMOVIR

SEMI-FINAL DA COPA ARENINHA MASTER ACONTECERÁ NOS DIAS 14 E 15 DE JANEIRO

Por: Alex Albuquerque 



A Areninha da Margem Esquerda recebe, nesta terça e quarta-feira (14 e 15/01), as semifinais da Copa Areninha Master. No sábado (18/01), acontecerão os jogos finais, a partir das 16h30. 

Programação

Terça-feira (14/01)  Preliminar - 19h

Guarani x Amigos

Principal - 20h30

Sinhá Master x Goiás

Quarta-feira (15/01) Preliminar - 18h30

Independente x Anjos do Bem

Principal - 19h30

Esfo x Tamarindo

SALA DE CINEMA FALB RANGEL EXIBE "CORINGA" NESTA QUARTA-FEIRA (15/01)

Por: Alex Albuquerque 


Nesta quarta-feira (15/01), às 19 horas, a Sala de Cinema Falb Rangel (Casa da Cultura) exibe o longa premiado “Coringa”. O filme é uma produção norte-americana que narra, de um forma bem próxima da realidade, a ascensão do maior vilão de Batman. É importante lembrar que cada sessão tem lotação de 70 cadeiras, então chegar com antecedência é importante para garantir uma vaga. 

Sinopse

Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço para uma agência de talentos e, toda semana, precisa comparecer a uma agente social, devido aos seus conhecidos problemas mentais. Após ser demitido, Fleck reage mal à gozação de três homens em pleno metrô e os mata. Os assassinatos iniciam um movimento popular contra a elite de Gotham City, da qual Thomas Wayne (Brett Cullen) é seu maior representante.

Entrada gratuita e classificação indicativa é 16 anos de idade.


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MULHER DO MINISTRO ONYX LORENZONI É ACUSADA DE CALOTE EM AMIGA DIZ COLUNISTA

Amanda foi convidada para o casamento de Onyx e Denise 

Por: Alex Albuquerque 

Crédito: Arquivo pessoal

A assessora parlamentar Denise Veberling, mulher do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, está sendo acusada pela amiga e comissária de voo, Amanda Oliveira, de um calote após empréstimo de R$ 10 mil, de acordo com informações do colunista Leo Dias, do UOL.
Segundo a reportagem, Amanda emprestou a quantia em março de 2016 para que Denise comprasse uma bicicleta de triatlo. O problema é que até hoje, de acordo com a comissária, o valor não foi quitado. Ela afirma que no início a mulher de Onyx enrolou para pagar, mas começou a depositar parcelas, que variavam entre R$ 300 e R$ 500 e eram pagas quando se podia.
Ainda de acordo com Amanda, em entrevista a Leo Dias, Denise alegava não ter condições financeiras para quitar a dívida, mesmo ganhando um bom salário como funcionária do Senado.
A reportagem informa ainda que os advogados de Amanda pedem na Justiça um valor de R$ 10 mil, acrescido de juros e correção monetária para quitar a dívida.

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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ

MUDANÇAS NAS REGRAS ELEITORAIS ALTERAM GASTOS DE CANDIDATOS E AFETAM ESTRATÉGIAS DE CAMPANHA NO CE

Quanto custa ser lembrado nas urnas numa eleição municipal? Campanhas milionárias se mantêm nas grandes cidades do Estado, mas consecutivas limitações impostas pela Justiça Eleitoral têm reduzido as despesas


Por: Alex Albuquerque 


A figura do candidato político que podia andar de casa em casa, em quase toda cidade, pedindo voto, é inimaginável na realidade de crescimento dos grandes centros urbanos. Atingir o maior número de eleitores é o que move as estratégias de campanha e o volume de dinheiro envolvido nelas.
O exacerbamento de gastos nas eleições, incluindo a realização de shows com grandes artistas, altos salários para prestação de serviço e despesas com materiais diversos, soou o alerta na Justiça Eleitoral nas últimas décadas e provocou mudanças nas regras de campanha. Apesar do barateamento visto nos últimos pleitos, os custos continuam milionários, e em 2020 não deve ser diferente. 
Desde a redemocratização, nos anos 1980, o custo das campanhas mudou, especialmente pelos regramentos para garantir equidade entre candidatos e combater a corrupção. Para as eleições deste ano, paira a expectativa sobre a força que a internet continuará exercendo nas táticas eleitorais e o impacto de se bancar os pleitos com dinheiro público, já que, desde 2015, é proibido o financiamento empresarial de campanha. Ainda não se sabe se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aprovará os R$ 2 bilhões no Orçamento para o chamado Fundão Eleitoral. 
O teto de gastos das campanhas, criado em 2016, para prefeito e vereador, será o mesmo da última eleição municipal, corrigido pela inflação. Há quatro anos, candidatos a prefeito podiam gastar até R$ 12,4 milhões no primeiro turno em Fortaleza – além de R$ 3,7 milhões no segundo. Postulantes ao cargo de vereador na Capital tinham teto de R$ 460 mil. 
A Justiça Eleitoral ainda não divulgou os valores atualizados. Ainda assim, a roda das eleições 2020 gira. Mas qual o custo para que ela leve o candidato até o eleitor? 

“Tudo o que você faz em campanha tem um custo. Se vai fazer uma caminhada, o candidato vai beber água, vai ter uma pessoa do lado dele... Isso depende da estratégia”, afirma a advogada Isabel Mota, especialista em Direito Eleitoral e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Adradep). 

Último pleito
Em 2016, a campanha do prefeito Roberto Cláudio (PDT) – para reeleição –, custou R$ 10,3 milhões, cerca de 42% menos que em sua primeira disputa ao Executivo, em 2012, cujo total chegou a quase R$ 18 milhões. A redução foi semelhante nas despesas dos adversários, no segundo turno. Em 2012, Elmano de Freitas (PT), gastou R$ 11,5 milhões. Já Capitão Wagner (então no PR) desembolsou R$ 6,1 milhões em 2016. 
A mudança é explícita no volume de gastos e nos investimentos. Em 2012, a principal despesa de Roberto Cláudio foi com “serviços prestados por terceiros”: R$ 5,5 milhões, segundo consta na prestação de contas à Justiça Eleitoral. Dentre eles, estão serviços de comunicação, publicidade, assessoria jurídica e segurança, por exemplo. Quatro anos depois, a maior despesa foi com “programas de rádio, de TV e vídeos”: R$ 3,6 milhões. 
Entre uma eleição e outra, a legislação eleitoral vem eliminando gastos. A despesa de R$ 630 mil, em 2012, com publicidade por placas, estandartes e faixas desapareceu em 2016.
Outros tempos 
A advogada Isabel Mota pontua que as tentativas de reduzir os gastos das campanhas se fortaleceram em 2006, quando se começou a reparar nos custos não contabilizados. “Foram proibidos o showmício, as camisas e o outdoor. Cada vez mais se tentou diminuir esses itens, principalmente em matéria de propaganda, porque é mais fácil mudar a legislação”. 
Embalada pela canção “Maria, Maria” de Milton Nascimento, a campanha que elegeu a primeira mulher ao cargo de prefeita no País, Maria Luiza Fontenele, em 1985, foi também, na avaliação do publicitário Ricardo Alcântara, um marco na estratégia eleitoral. Para ele, Maria Luiza teve “uma campanha de televisão muito criativa e inovadora”. 
Alcântara, que tem na bagagem 18 campanhas políticas, ressalta que, historicamente, a estratégia de chegar até o eleitor no Brasil tem por base as campanhas feitas nos Estados Unidos, com foco nos meios de comunicação massivos, TV e rádio.
“Na campanha de 1986, que elegeu Tasso Jereissati governador, o programa eleitoral tinha 20 minutos e os programas se estendiam por 80 dias. Era uma campanha muito longa”. Nessa época, ressalta ele, a desigualdade se estabelecia principalmente a partir da disponibilidade de dinheiro para contratar artistas famosos, para pintar muro e pregar cartazes nas ruas e para distribuir camisetas, bonés e etc. 
“O primeiro movimento foi o de controlar os fatores que desequilibravam as condições materiais de disputa. O segundo foi aquele no qual se reduziu o tempo de propaganda eleitoral e se introduziu um novo elemento que foram as pílulas de inserções comerciais no rádio e na televisão”, frisa o publicitário. 
Ele se refere às inserções de 30 a 60 segundos no rádio e na TV, instituídas por lei em 2015. “Isso mudou muito a lógica das estratégias. Os programas eleitorais vêm perdendo audiência continuamente. Foi uma forma de compensar. A audiência disso (inserções) é uma coisa extraordinária, já mudou rumo de campanha”. 
Internet 
Nas campanhas mais recentes, as táticas (e os gastos) dos candidatos se mantêm fortes na televisão e no rádio, na mobilização da militância nas ruas com bandeiras, nas carreatas e na produção de jingles e slogans. Músicas, vídeos e “santinhos”, entretanto, migram cada vez mais para uma mesma plataforma: a Internet. 
“A terceira grande mudança é o advento das redes sociais que forçou uma nova atualização nas regras. Nesse caso, a mudança nas formatações estratégicas foi mais radical. A internet fez na política a grande mudança que ela fez em outras áreas”, analisa Alcântara. 
O regramento precário para as campanhas nas redes sociais e o combate a informações falsas, segundo ele, impacta em custos de processos judiciais para remover publicações e na redução do controle da imagem que se tenta construir do candidato. “A campanha não é o que dizemos para o eleitor. É o que os eleitores falam entre si. O controle que temos sobre as ‘fake news’ é muito pequeno”.
Tempo 
O protagonismo das redes sociais também antecipa a campanha. “O que a legislação diz hoje: nas redes sociais, as pessoas podem colocar seus nomes, contar sua história, dizer das suas propostas, só não podem dizer ‘sou candidato’, o que é uma coisa irrisória”, diz o publicitário. 
“Essa tentativa de suposto combate à corrupção tem que ser pensada. Quem vai atingir? Os políticos tradicionais? Porque para muitos é até bom que as campanhas sejam mais baratas. Podem gastar menos, mas como vão gastar? Vão investir em quê? Na Internet, na segmentação de conteúdo, o que vão disseminar?”, pontua Isabel Mota. 
Para ela, a democracia tem um custo e é fundamental que ele seja pensado. “Estou diminuindo um valor, mas estou ganhando o quê? A gente dificulta que o eleitor seja cada vez mais consciente e possa fazer escolhas mais pensadas”.
Despesas dos vereadores
Apesar do teto de R$ 460 mil, as campanhas para vereador, em Fortaleza, passam longe desse limite. Em 2016, o vereador eleito mais votado, Célio 

Studart (ex-SD, hoje PV), gastou R$ 24 mil; já o vereador eleito menos votado, Dummar Ribeiro (PPS) desembolsou R$ 4,4 mil.

Dummar afirma que o êxito da campanha se deu pelo serviço prestado à população e às redes sociais. “Quem me salvou dessa vez foi o WhatsApp. Tenho uma média de 1.200 números de telefones de pessoas que me conhecem. Botei meu filho para se comunicar com esse pessoal, enquanto eu fazia as visitas. Minha votação foi de 3.115 votos”, ressalta.
O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, ou apenas Fundo Eleitoral, foi criado em 2017. Sua criação se seguiu à proibição do financiamento privado de campanha.
Em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu doações de empresas a campanhas políticas, sob alegações de haver desequilíbrio na disputa política e 

exercício abusivo do poder econômico.

Altos custos e mais proximidade com o eleitor no Interior
Se em Fortaleza o valor das campanhas foi reduzido, no Interior o montante de gastos pelos candidatos que protagonizaram o topo das disputas aumentou. 
Em Juazeiro do Norte, em 2012, o candidato eleito Raimundão (PMDB) desembolsou cerca de R$ 1 milhão, enquanto seu principal adversário, Dr. Santana (PT), gastou pouco mais de R$ 283 mil. Quatro anos depois, a soma da despesa dos candidatos Arnon Bezerra (PTB) e Gilmar Bender (PDT) chegou a R$ 2 milhões. 
O cenário foi semelhante em Sobral. Em 2012, Veveu Arruda (PT) protagonizou uma campanha que custou R$ 983 mil contra Dr. Guimarães (PV), que pagou R$ 117 mil. Já em 2016, o atual prefeito, Ivo Gomes (PDT), gastou R$ 1,3 milhão contra R$ 731 mil de Moses Rodrigues (MDB).
“É um custo alto, mas a democracia tem um custo, é o que se paga para que se faça um processo eleitoral legítimo e equânime”, afirma o advogado especialista em direito eleitoral, Irapuan Camurça. 
Na maior parte das cidades do Interior, no entanto, prevalece o corpo a corpo, dados o espaço geográfico menor e a população reduzida. “No Interior, geralmente todo mundo se conhece, sabe o nome da família. Isso, em época de política, fica pior”, pontua o consultor político Leurinbergue Lima.
Ele ressalta que a Internet tem sido um dos principais canais de mudança nas estratégias. 
“O advento das redes sociais veio também a substituir os palanques. Até seis anos atrás, todo mundo fazia comício. Hoje quase não tem. As pessoas iam ainda pelas grandes lideranças. Os comícios de hoje são nas redes sociais, o candidato faz uma ‘live’. Ainda assim, isso não substitui o contato direto, as caminhadas, as bandeiradas nas esquinas, e a visita à feira”, destaca Leurinbergue Lima.


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BARRAGEM LIMA BRANDÃO TRANSBORDA EM GRANJA; SITUAÇÃO TRAZ PREOCUPAÇÃO AS FAMÍLIAS

Em abril do ano passado, pelo menos 50 famílias que moravam no entorno do Rio Coreaú tiveram que deixar suas casas por conta do aumento de água observado na barragem


Por: Alex Albuquerque 


Com as chuvas de pré-estação mais intensas nos últimos dias, moradores de Granja, na região Norte do Ceará, presenciaram a Barragem Lima Brandão transbordando no último sábado (11). Em vídeo enviado ao Sistema Verdes Mares é possível observar o bom aporte hídrico, visão que anima parte dos moradores do Município, mas que também gera preocupação em famílias que moram no entorno.
“Até sábado, ela não tinha sangrado de jeito nenhum. Devido às fortes chuvas na região de Moraújo  e Coreaú, a água chegou com uma intensidade grande aqui e lavou a barragem”, comemora o morador e fotógrafo, Nilo Tavares. Por outro lado, famílias que vivem no entorno do equipamento sofrem "sempre" que as águas do reservatório transbordam, lembra. 
Em abril do ano passado, pelo menos 50 famílias que moravam no entorno do Rio Coreaú tiveram que deixar suas casas por conta do aumento de água observado na barragem. Na ocasião, os bairros Barrocão e Lagoa Grande foram os mais afetados.
A Barragem Lima Brandão foi construída em 1890 e ao lado da ponte metálica figura como o principal cartão postal da cidade. O reservatório recebe água de rios e córregos da região entre Granja e Coreaú. A maior fonte fluvial do equipamento é o riacho Mororó. 
Os açudes Gangorra e Itaúna - os dois reservatórios que abastecem o Município, estão com situação hídrica estável. As capacidades registradas, segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), são de 71,01 % e 71,12 %, respectivamente. 
Precipitações
Na última sexta-feira (10), Granja registrou o acumulado de 73.3 milímetros, segundo balanço da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). No sábado, quando a barragem transbordou, o acúmulo foi de 69.0 mm, no Posto Timonha.
Já nesta segunda-feira (13), conforme balanço parcial da Funceme observado às 9h05, apenas doze municípios registraram precipitações. Os maiores acúmulos foram observados em Campos Sales (29.0 mm), Barroquinha (25.2 mm), Russas (14.8 mm), Ocara (14.0 mm). As chuvas dos últimos dias perderam força em todo o Estado. 
Aporte
A resenha diária disponibilizada pela Cogerh nesta segunda-feira (13) aponta que foram registrados aportes em 29 açudes cearenses nas últimas 24 horas. Os destaques são os reservatórios Araras, Ayres de Sousa, General Sampaio, Jaburu I, Pentecoste e Taquara. Além disso, o aporte hídrico permitiu que o açude Santo Antônio, no município de Russas, deixasse o volume morto.
Segundo o órgão, o Estado passa a ter 93 reservatórios com volume abaixo de 30% e apenas o Germinal acima de 90%.

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AÇÃO EDUCATIVA SOBRE O USO DE CELULAR NO TRÂNSITO ACONTECE EM JUAZEIRO DO NORTE

Entre janeiro e agosto do ano passado, foram autuadas 1.280 pessoas pelo Detran pelo uso do aparelho enquanto dirige


Por: Alex Albuquerque 


O Departamento Municipal de Trânsito de Juazeiro do Norte (Demutran) está realizando, até o fim deste mês de janeiro, uma ação educativa para conscientizar os condutores sobre os riscos de usar o celular ao volante. A campanha “Não tem notificação mais importante que a sua vida” acontece nos cruzamentos mais movimentados da terra do Padre Cícero. A prática está entre as 40 infrações mais comuns do Ceará.
 A multa pelo manuseio e uso de telefone celular enquanto dirige foi incluído no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) pela Lei nº 13.281, de 2016. Entre janeiro e agosto do ano passado, foram autuadas 1.280 pessoas pelo Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), somando os três códigos de infração deste tipo: “Dirigir veículo utilizando-se de telefone celular” (07366-2), “Dirigir veículo segurando telefone celular” (07633-1) e “Dirigir veículo manuseando telefone celular” (07633-2). 
"Decidimos intensificar esse trabalho, com foco num trânsito sem celular, porque fizemos uma pesquisa informal, no mês passado, observando o comportamento dos motoristas e motociclistas, e nos assustou a recorrência do uso do aparelho," explicou a Gerente do Setor de Educação do Demutran, Eliana Leite. 
Estima-se que usar o celular ao volante é tão perigoso quanto dirigir sob efeito de álcool e que teclar ou atender uma ligação enquanto dirige amplia em 400 vezes a chance de provocar um acidente, que pode ser fatal. 
Classificada como “gravíssima” pelo CTB, a infração por uso de celular ao volante pesa no bolso. São R$ 293,47, além de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A multa pode ainda ser combinada com outro tipo de infração, a condução de veículo sem as duas mãos na direção, que custa R$ 130,16 e rende mais cinco pontos na CNH. 
"Mesmo com o carro parado no semáforo ou no engarrafamento, o manuseio de aparelhos eletrônicos continua sendo infração passível de multa", alertou Leite.

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DIA 1º DE FEVEREIRO SORTEIO 
DE UMA MOTO ZERO KM ENFRENTE A CLINICA DO CARIRÉ SERVE PARA OS CLIENTE DE GROAÍRAS E CARIRÉ 

REUNIÃO DE ALINHAMENTO PARA REGULARIZAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS É REALIZADA NESTA SEXTA-FEIRA(10/01)

Por: Alex Albuquerque 


O coordenador jurídico da Secretaria do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Rodrigo Carvalho, esteve em reunião, nesta sexta-feira (10/01), com o representante do Quartel Regional do Corpo de Bombeiros, Major Mardens, para alinhar possíveis alterações na legislação de regularização de empreendimentos na área da segurança contra pânico e incêndio. 

O encontro serviu ainda para debater sobre a necessidade de cobrança do certificado de conformidade para emissão de Alvarás de Funcionamento.

Participaram também da reunião, representando a Seuma, a articuladora Ruth Araújo e o gerente de Alvará de Funcionamento e Demais Autorizações, Lailson Sousa.

Com salários de até R$ 4,2 mil, Assembleia Legislativa abre 36 vagas em seleção pública

As inscrições podem ser feitas a partir da próxima segunda-feira (13).


Por: Alex Albuquerque 



A Assembleia Legislativa do Ceará abriu seleção pública para profissionais de 12 áreas com 36 vagas. Os salários variam de R$ 2,4 mil a R$ 4,2 mil. As informações foram publicadas no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (9). 
As vagas serão preenchidas para os cargos de assistente social; educador físico; enfermeiro; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico neuropediatra; pediatra, psiquiatra infantil; musicoterapeuta; psicólogo; psicopedagogo; e terapeuta ocupacional. 
É exigida a especialização dos candidatos nas respectivas áreas, além, claro, do diploma de graduação. As jornadas de trabalho são de oito horas semanais, para médicos, 30 horas semanais para enfermeiro e de 20 horas semanais para as demais funções. 
Os profissionais irão compor a equipe do Projeto Mundo Azul do Autismo, voltado para pessoas com Transtorno Espectro Autista (TEA), que será desenvolvido pela Casa.
Inscrições
Para se inscrever, os interessados deverão entregar, pessoalmente, ou por procuração autenticada, o currículo e a comprovação de títulos no 5º andar do anexo II da Assembleia Legislativa (Rua Barbosa de Freitas, 2674, bairro Dionísio Torres), entre 9h e 12h. Além disso, é necessário apresentar xerox da identidade, do CPF; declaração de quitação eleitoral, diploma, registro profissional, comprovante de endereço e de experiência. As inscrições poderão ser feitas a partir da próxima segunda-feira (13) até o dia 17 deste mês.
Processo seletivo
O processo seletivo será divido em duas etapas. A primeira é a análise curricular, títulos e dos demais documentos - cujo resultado deve sair entre os dias 21 e 22 deste mês. Já a segunda etapa será entrevista com a equipe da Comissão Especial de Avaliação, a ser realizada no dia 27 de janeiro.
O resultado final será divulgado no site da Assembleia Legislativa, no dia 31 deste mês. Além deste processo seletivo, a Casa ainda deve abrir um concurso com 100 vagas neste ano.
Comissão Especial
A seleção será realizada pela Comissão Especial de Avaliação, composta por um representante do Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce (Nutep), da Universidade Federal do Ceará (UFC); um professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), vinculado ao Núcleo de Atenção Médica Integrada (Nami); um representante da Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa do Ceará; um representante do Departamento de Saúde da Assembleia; um representante do Departamento de Administração da Assembleia.

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Polícia Civil cumpre mandados de prisão contra falsos médicos que atuavam no Maciço de Baturité



Duas pessoas foram presas nesta manhã. Ao todo, 20 policiais civis participam da ofensiva

Por: Alex Albuquerque 

Policiais civis do Departamento de Inteligência Policial (DIP) e do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI Sul) da PCCE também estão engajados na ação.

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) realiza na manhã de hoje, 10, operação para cumprir quatro mandados de busca e apreensão e quatro de prisão para desarticular um esquema criminoso de falsos médicos que atuavam em unidades hospitalares da região do Maciço do Baturité.
Até às 11h40min, duas pessoas haviam sido presas. Um deles é enfermeiro em Paraipaba e o outro é estudante de Medicina em Sobral. A operação segue em andamento.
Os mandados também estão sendo cumpridos nas cidades de Alto Santo, Fortaleza, Paraipaba e Tabuleiro do Norte. Policiais civis do Departamento de Inteligência Policial (DIP) e do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI Sul) da PCCE também estão engajados na ação. As informações são da assessoria de imprensa da Polícia Civil.
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INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O EDITAL DE OCUPAÇÃO DO THEATRO SÃO JOÃO 2020

Por: Alex Albuquerque



A Prefeitura de Sobral, por meio da Secretaria da Cultura, Juventude, Esporte e Lazer (Secjel), lançou o Edital de Ocupação do Theatro São João 2020, que tem como objetivo selecionar projetos artísticos de todo o Brasil. As inscrições são gratuitas e seguem abertas até o dia 10 de fevereiro. 

Os interessados devem anexar ao formulário de inscrição (disponível no edital) copias do RG, CPF e comprovante de residência, para pessoas físicas; e cópias digitalizadas do Contrato Social ou Estatuto, ata de eleição da diretoria da associação ou produtora, cartão do CNPJ, RG e CPF do representante legal, no caso de pessoa jurídica. 

A documentação deve ser enviada para o e-mail 

O período de ocupação ocorrerá entre os dias 5 de março a 28 de junho.

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BOLSONARO QUER PAGAR AS CONTAS DE LUZ DE IGREJAS

O presidente Jair Bolsonaro quer conceder subsídio na conta de luz para Igrejas Evangélicas  de grande porte.
Por: Alex Albuquerque 
Crédito: Alan Santos/PR
A pedido do Presidente da República, uma minuta de decreto foi elaborada pelo Ministério de Minas e Energia e enviada para a pasta da Economia, mas a articulação provocou forte atrito no governo. A equipe econômica rejeita a medida, que vai na contramão da agenda do ministro Paulo Guedes, conhecido por defender a redução de benefícios desse tipo. O Ministério de Minas e Energia confirmou que o assunto está sendo avaliado.
Embora o movimento seja para beneficiar templos religiosos de forma ampla, os evangélicos são o alvo da medida. A bancada desse segmento é hoje a principal base de sustentação do governo e Bolsonaro tem atendido suas reivindicações desde que assumiu a Presidência. A influência de líderes evangélicos sobre o Palácio do Planalto é cada vez maior e o próprio presidente já disse que quer tê-los por perto na administração.
Com essa perspectiva, muitos templos já anunciaram a disposição de ajudar Bolsonaro a coletar as quase 500 mil assinaturas necessárias para criar seu novo partido, o Aliança pelo Brasil. Bolsonaro também já avisou que pretende indicar um ministro “terrivelmente evangélico” para o Supremo Tribunal Federal (STF). Os evangélicos representam 29% dos brasileiros e podem ser o fiel da balança na campanha de Bolsonaro à reeleição, em 2022.
Coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado Silas Câmara(Republicanos-AM) disse que a concessão de subsídio na conta de luz para templos religiosos é “justa” e tem impacto “mínimo”. Segundo Câmara, a medida não beneficiará apenas evangélicos e as igrejas não geram lucro. “Os templos religiosos só funcionam das 18h às 23h e é justamente nesse horário que as distribuidoras podem cobrar mais”, afirmou. “Fechem todas as 300 mil igrejas no Brasil em um dia para ver o impacto social e na segurança no dia seguinte.”
Outro integrante da bancada evangélica, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) argumentou que toda ajuda a templos e a instituições filantrópicas, dada pelo governo, “será sempre muito bem-vinda”.
O subsídio na conta de luz não é a primeira medida planejada por Bolsonaro para manter o apoio evangélico. Com o aval do presidente, o Congresso aprovou um projeto garantindo incentivos fiscais para igrejas até 2032. Por meio de decreto, ele também passou por cima da agenda que favorecia pessoas com deficiência, uma das prioridades da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, liberando igrejas de realizar adaptações para acessibilidade em áreas destinadas ao altar e ao batistério.

Discussão teve início no ano passado

As discussões sobre a criação de mais benesses para igrejas começaram no fim do ano passado. A ideia do governo é diminuir a conta de luz dos consumidores conectados à alta tensão – ou seja, os de maior demanda, como catedrais e basílicas. Consumidores residenciais e pequenos estabelecimentos são conectados à baixa tensão e, por isso, pagam uma tarifa de mesmo valor, independentemente do horário. Já edificações maiores, como supermercados e shopping centers, se ligam às redes na alta tensão e pagam tarifas mais caras no chamado horário de ponta, momento de maior consumo do dia.
Cada distribuidora tem seu próprio horário de ponta, que dura três horas consecutivas e se concentra entre o fim da tarde e o início da noite durante dias de semana. Na Enel São Paulo, por exemplo, é das 17h30 às 20h30. Nesses horários, o consumo de energia pode ficar 50% mais alto, e as taxas de uso, subir até 300% – o objetivo é deslocar a demanda para horários menos congestionados. É justamente nesse período que os templos realizam cultos.
Maior estrutura da Igreja Universal do Reino de Deus, o Templo de Salomão, em São Paulo, celebra cultos diariamente de manhã, tarde e noite. As celebrações das segundas-feiras, às 18h30, e de terças a sextas, às 20h, se encaixam no horário mais caro.
Pela minuta de decreto em estudo no governo, os templos passariam a pagar tarifas mais baratas no horário de ponta, iguais às cobradas durante o dia. O valor que deixariam de pagar, porém, não “desaparece”: ele necessariamente passa a ser arcado por alguém. Desde 2015, o Tesouro não paga qualquer subsídio no setor elétrico. Para bancar a despesa, seria preciso cortar outra de mesmo valor. Por isso, a alternativa em estudo para esses benefícios é que sejam custeados por outros consumidores – tanto residenciais quanto livres, via encargo chamado Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

Nota técnica

O Ministério de Minas e Energia, comandado por Bento Albuquerque, preparou uma nota técnica sobre o tema. Embora tenha citado uma lei que determinou a redução dos subsídios embutidos na conta de luz, o ministério pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para calcular quanto o benefício às igrejas custaria. A Aneel respondeu, segundo apurou a reportagem, que não tinha como fazer esse levantamento, mas avaliou que o valor seria baixo.
O pedido chegou, então, ao Ministério da Economia, que se mostrou contra a medida. A equipe econômica é uma das que mais resiste à criação de novos subsídios que provoquem impacto tarifário, já que a energia é um dos insumos fundamentais para a atração de investimentos e, consequentemente, a retomada do crescimento.
A soma dos benefícios embutidos na conta de luz e repassados para todos os consumidores atingiu R$ 22 bilhões neste ano e tem sido alvo de preocupação do governo. A pasta de Guedes lembrou que subsídios estão na mira do Tribunal de Contas da União (TCU) e que o órgão determinou ao governo que parasse de criar benefícios sem dotação orçamentária. A corte de contas considerou ainda que os subsídios criados por decreto e sem relação com o setor elétrico são inconstitucionais.
A proposta vai contra projetos de lei no Congresso, apoiados pelo governo, que têm como meta criar um novo marco para o setor elétrico, reduzindo subsídios cruzados. A ideia de subsídio para a conta de luz de igrejas chegou a ser proposta em 2010 pelo ex-deputado Eduardo Valverde (PT-RO), mas foi arquivada em 2015.
Se o benefício for criado por decreto, o TCU pode até multar integrantes do governo. A Subchefia de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência informou não ter “proposta formalizada” sobre o tema.

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