Já a cidade de Fortaleza acumula mais da metade das ocorrências no período entre os anos de 2014 e 2019
Por: Alex Albuquerque
O número de casos de tuberculose confirmados no Ceará só cresceram de 2014 até 2018 - com aparente queda em 2019. No período entre 2014 e 2018, o Estado registrou 19.805 ocorrências de tuberculose, número que ultrapassou a casa dos 20 mil em 2019. Os dados são do Datasus e da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).
O Datasus, plataforma do Ministério da Saúde, registra desde 2001 a quantidade de pessoas com tuberculose no Ceará. De acordo com o material, 2014 registrou menor índice de infectados, com 3.685 casos. A partir de então, as ocorrências têm aumentado no Estado.
As informações para o ano de 2019 ainda estão indisponíveis na plataforma, mas a planilha atualizada de doenças de notificação compulsória da Sesa indica 3.613 casos registrados de janeiro a 21 de dezembro de 2019.
Fortaleza registra mais da metade de ocorrências
Fortaleza registra mais da metade de ocorrências
Doença relacionada à exclusão social e pobreza, a tuberculose afeta principalmente a Capital do Ceará. Dos 23.418 casos registrados no Ceará, quase 16 mil foram em Fortaleza. Em 2019, a doença foi a causa de 83 óbitos na Capital.
Depois de Fortaleza, Sobral é a segunda cidade com maior número de infecções por tuberculose (304) no Estado. Os dados são da planilha atualizada de doenças de notificação compulsória da Sesa.
O que é a tuberculose?
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta principalmente os pulmões. Ela é considerada pelo Ministério da Saúde como um “sério problema de saúde pública, com raízes sociais”.
Os principais sintomas da tuberculose são tosse incessante, febre vespertina, suor noturno, emagrecimento e cansaço/fadiga. Recomenda-se que em pessoas com tosse constante por três semanas ou mais seja investigada a doença.
Pela infecção ser prioridade do governo, foi criado o plano nacional Brasil Livre da Tuberculose. As metas do plano são reduzir o coeficiente de incidência da tuberculose para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e o de mortalidade para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes até 2035.
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