A declaração do senador foi dada em entrevista ao Sistema Verdes Mares, na noite desta quarta-feira (21/4)
Por: Alex Albuquerque
O senador cearense Eduardo Girão (Podemos) defendeu que o desabastecimento de oxigênio no Amazonas, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), e os governadores do Nordeste entrem no bojo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.
A CPI investigará a atuação das gestões no combate à pandemia. A declaração foi dada pelo senador em entrevista ao Sistema Verdes Mares, na noite desta quarta-feira (21). Nesta quinta-feira (22), o senador Tasso Jereissati (PSDB) será entrevistado.
Questionado sobre quais seriam as três prioridades para a comissão, Girão citou, inicialmente, investigar o que ocasionou a crise em Manaus.
“Gostaria que o Governo Federal justificasse essa questão do Amazonas. É muito importante saber o porquê da falta de oxigênio. Isso é um ponto crucial”, avaliou.
No início deste ano, o sistema de saúde do estado do Amazonas entrou em colapso devido à falta de insumo. Pacientes tiveram de ser transferidos para outros estados. Pelo menos 30 morreram.
Em segundo lugar, enumerou Girão, deveria ser apurada a atuação do ministro do STF. Em março deste ano, o Marco Aurélio negou derrubar os decretos de lockdown da Bahia, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Com isso, a decisão sobre medidas restritivas de combate ao novo coronavírus ficaram nas mãos dos estados.
“A gente deve chamar, no Senado Federal, o ministro Marco Aurélio, que tirou a responsabilidade do Governo Federal e passou para estados e municípios as atribuições constitucionais”, disse, acrescentado que é necessário "saber exatamente de quem é a responsabilidade".
“Outro fator que eu quero chamar a atenção é o Consórcio do Nordeste, que representa esses governos, o Ministério Público Federal e estadual para rastrear as centenas de bilhões de reais que foram investidos”, finalizou a lista.
Girão defendeu a ampliação do escopo da CPI desde o início. No começo deste mês, ele conseguiu assinaturas para incluir, também, estados e municípios na investigação.
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