O Açude Gameleira começou a sangrar nesta quinta. Além disso, o reservatório Diamantino II, no município de Marco, na bacia do Coreaú, entrou na lista de açudes que estão próximos da sangria.
Por: Alex Albuquerque
O número de açudes sangrando no Ceará subiu após as chuvas entre terça e quarta-feira (26), conforme observado no Portal Hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Nesta quinta-feira (27), o Gameleira, localizado nas fronteiras dos municípios de Itapipoca, Trairi e Tururu, ultrapassou o 100% da capacidade. 
Com isso, o Estado passa a ter nove reservatórios monitorados pela Cogerh em sangria. Este é o maior número dos últimos 10 anos para o intervalo de tempo. O último ano em que o Ceará alcançou esta quantidade (até 27 de fevereiro) foi 2011. Porém, na ocasião, apenas quatro reservatórios estavam com capacidade entre 90% e 99% - próximos de atingir a capacidade máxima. 
Hoje, são oito barragens nesta situação. O mais recente a atingir este nível foi o reservatório Diamantino II, no município de Marco, na bacia do Coreaú. Nesta quinta, o reservatório alcançou a marca de 90,2% de sua capacidade total. 
Açudes, atualmente, sangrando:
- Gameleira
 - Itaúna;
 - Tucunduba;
 - Acaraú Mirim;
 - São Pedro Timbaúba;
 - Quandú;
 - Itapebussu;
 - Germinal;
 - Tijuquinha.
 
Açudes próximos da capacidade máxima:
- Gangorra;
 - Várzea da Volta;
 - São Vicente;
 - Diamantino II;
 - Jenipapo;
 - Sobral;
 - Itapajé;
 - Acarapé de Melo.
 
Aporte Irregular
A dificuldade, porém, permanece sendo as baixas recargas em açudes importantes do Estado. O Castanhão, por exemplo, maior do Ceará, acumula apenas 2,59% de sua capacidade. Situação que se repete na maior parte dos reservatórios cearenses, que contam com recarga abaixo de 30%. Para os grandes açudes conquistarem significativa recarga hídrica, são necessárias chuvas elevadas e próximas. 
No panorama geral, o volume médio dos 155 açudes monitorados pela Cogerh é de 15,77%. 
Mês chuvoso
Faltando dois dias para o fim do mês, fevereiro de 2020 já é o segundo mais chuvoso da década, podendo ultrapassar o observado em 2018, que figura na primeira colocação. Até as 10h40 de hoje, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) havia registrado 187.6 mm, um desvio positivo de 58,1%. As chuvas banharam, com generosidade, quase todas as cidades. Apenas 20 contabilizam chuvas abaixo da média.

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