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REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE FORTALEZA MUDA A REALIDADE DE COMERCIANTES DA REGIÃO



Os quiosques implantados na Guilherme Rocha beneficiam 156 permissionários que expõem suas mercadorias de forma ordenada, gerando mais visitação e lucro com as vendas.

Por: Alex Albuquerque


quiosques de ambulantes da rua guilherm rocha, mostrando as mercadorias

As obras de requalificação do Centro de Fortaleza estão mudando a realidade de quem trabalha ou passa diariamente pelo bairro. As mudanças, já finalizadas na Rua Guilherme Rocha, deixaram o ambiente mais amplo e ordenado.

O calçadão recebeu nova pavimentação, mobiliário urbano (bancos e lixeiras), paisagismo, canteiros e iluminação. As ações de ordenamento do comércio informal também incluíram a instalação de quiosques para os permissionários. O comerciante Ronaldo Amância trabalha há 20 anos com a venda de bonés e mochilas no Centro. Antes da reforma da Guilherme Rocha, ele trabalhava em um carro improvisado de madeira, mas ganhou qualidade de vida após as intervenções. “O projeto mudou a realidade da gente. Temos mais espaço, mais visibilidade, todo mundo passeando sem se esbarrar e como está organizado, as pessoas prestam mais atenção na mercadoria e param para comprar”, avisa o comerciante.

mulher na frente de um quiosque ambulantes com bonecas de pano

A artesã Edna Duarte também sentiu a diferença no movimento depois da requalificação. Ela produz e vende bonecas de pano bem na entrada do calçadão e diz que os produtos ficaram mais expostos. “O comércio não está bom, mas quem passa vê o produto assim que chega e a maioria se interessa e compra”, disse.

O calçadão da Guilherme Rocha conta com 39 quiosques que beneficiam 156 permissionários. Cada equipamento comporta quatro vendedores com um espaço reservado de 100x100cm para cada um. Quando fechados, os quiosques reproduzem imagens de locais históricos de Fortaleza.

“Os novos quiosques dos calçadões têm uma estrutura positiva de ordenamento territorial e os ambulantes, que agora são permissionários do município, conseguem economizar, já que não precisam mais pagar transporte e nem deposito para guardar a mercadoria. Eles fazem isso nos próprios boxes”, explica o secretário da Regional do Centro, Adail Fontenele.

As ações de ordenamento do comércio informal também incluíram a organização do cabeamento das concessionárias de energia e telefone, a instalação de novos postes elétricos, limpeza de galerias e execução de novas grelhas para drenagem pluvial superficial.

Após a reforma, o calçadão passou a atender os critérios de acessibilidade e mobilidade, com a instalação de quiosques, piso tátil, travessias elevadas e rampas que facilitaram a vida da aposentada Alzenir Barros. Moradora de Pedra Branca, ela sempre vem em Fortaleza e passa pelo Centro para fazer as compras de casa.

“Faz muitos anos que ando no Centro e agora eu noto coisas que eu nem sabia que tinha aqui. Tá tudo muito bonito e cada vez que venho encontro uma novidade”, falou Alzenir.

As obras de requalificação continuam na Rua General Sampaio e no calçadão da Rua Liberato Barroso.

A primeira via vai ganhar 15 quiosques para 60 permissionários. Já as intervenções na Liberato Barroso vão beneficiar 204 permissionários em 51quiosques. Os quiosques desse calçadão, vão homenagear personalidades do Centro de Fortaleza, contando um pouco da história do homenageado e o que eles representaram, historicamente, para a cidade.

Novo Centro

O Centro de Fortaleza recebe uma média de 350 mil pessoas em dias comuns e durante décadas sofreu com a falta de ordenamento, excesso de lixo nas ruas e falta de saneamento básico. Para resolver os problemas, o prefeito Roberto Cláudio lançou, em agosto de 2018, o Projeto Novo Centro, com seis eixos de atuação para modificar a realidade do bairro mais movimentado de cidade.

Até agosto de 2019, o Projeto prevê ações de Habitação, Política de Apoio a Pessoas em Situação de Rua, Turismo e Cultura, Infraestrutura e Mobilidade, Ordenamento do Comércio Informal e Segurança e Fiscalização.

As ações foram definidas por meio do trabalho de um Comitê Gestor formado por representantes da Prefeitura de Fortaleza, Câmara de Dirigentes Lojistas e outras entidades de classe, além de moradores e representantes da sociedade civil.

Fonte: P.M.F


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