O órgão trabalha com probabilidades, ou seja, não descarta nenhum cenário, seja ele positivo ou negativo.
A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) trabalha com probabilidades, ou seja, não descarta nenhum cenário, seja ele positivo ou negativo. Conforme levantamento da reportagem, de 2008 a 2018, quase sempre houve confirmação do prognóstico na estação chuvosa no Estado. O último prognóstico em que o cenário mais provável não se concretizou foi justamente no ano passado. Havia expectativa de que as chuvas fossem acima da média, mas elas ficaram em torno da normal, de 600,7 mm.
Reservatórios cearenses estão com apenas 10% da capacidade; há um ano, tinham cerca de 7%
Antes disso, em 2012, a previsão era de precipitações em torno da média, mas elas ficaram abaixo. No ano anterior, 2011, a principal suposição era de chuvas também dentro da média, mas a situação surpreendeu e choveu mais que o esperado.
Confira os cenários dos últimos 11 anos:
2018
581,4 mm
A primeira análise da Funceme em 2018 apontava 40% de probabilidade de as chuvas do trimestre fevereiro-março-abril ficarem acima da média histórica. O mesmo prognóstico revelou 35% de chance de o período chuvoso ficar dentro da média e 25% de ficar abaixo da média. O segundo prognóstico indicou 45% de chances de chuvas acima da média, 35% em torno normal e 20% abaixo do normal. O resultado foi de chuvas em torno da média durante a quadra. Foi o melhor acumulado desde 2011.
2017
551,7 mm
O segundo prognóstico de chuvas apontou 43% de probabilidade de chuvas na média, 20% de probabilidade acima da média e 37% abaixo da média. No primeiro prognóstico, a probabilidade de ocorrências de chuvas acima e abaixo da média era a mesma: 30%. A previsão também estimava 40% de chuvas na média. O balanço ficou na média.
2016
327,3 mm
Em 2016, o fenômeno El Niño castigou o Estado. Por isso, o segundo prognóstico da Funceme indicou péssimos 70% de probabilidade de o Ceará ter chuvas abaixo da média. As chances de precipitações em torno da média eram de 25% e, na categoria acima da média, 5%. No primeiro estudo, elaborado em janeiro, havia 65% da probabilidade das chuvas ficarem abaixo da média, 25% para chuvas em torno da média e 10% para acima da média. Foi a quadra mais fraca desde 2012.
2015
418,7 mm
O prognóstico climático para o período de fevereiro a abril de 2015 era de 9% de chances de um trimestre chuvoso, 27% de um trimestre normal e 64% de um trimestre seco. Depois, em fevereiro, a Funceme apontou 50% de chance de as chuvas serem abaixo da média. A expectativa de que chovesse em quantidade esperada era de 35%; já para que fossem acima do estimado, eram de 15%. Choveu menos que em 2014.
2014
460,2 mm
A previsão de janeiro estimava 40% para a categoria abaixo da normal, 35% para dentro da normal e 25% para acima da normal. Em fevereiro, as análises meteorológicas não foram animadoras, mesmo apresentando uma leve melhora em relação às primeiras. As probabilidades ficaram em 40% abaixo da média, 40% dentro da média e 20% acima da média. Choveu mais que nos dois anos anteriores, mas ainda longe da normal climatológica.
2013
364,4 mm
Em janeiro, a previsão era de 45% para abaixo da normal, 35% para a categoria normal e 20% para acima da normal. Em fevereiro, a chance de abaixo da normal caiu para 40% e a acima da normal cresceu para 25%. No entanto, prevaleceu o primeiro cenário.
2012
302,5 mm
Esse foi um dos anos da série analisada em que a Funceme se equivocou. A previsão era de 40% de probabilidade para a categoria normal, 35% para abaixo da normal e 25% para acima da normal. Choveu pouco.
2011
659,0 mm
A previsão para a estação chuvosa dava 40% de probabilidade para a categoria normal, 35% para a categoria acima da normal e 25% para a categoria abaixo da normal. Em fevereiro, o índice acima do normal cresceu para 40%, dentro ficou com 45% e apenas 15% para abaixo da normal. Naquele ano, choveu bem.
2010
302,3 mm
Os índices de janeiro atribuíam 45% de chuva abaixo da média, 35% em torno e 20% acima. Em fevereiro, o segundo prognóstico manteve a probabilidade estimada no início do ano. Resultado: precipitações bem abaixo da média.
2009
977,1 mm
O primeiro prognóstico previa 35% na classe acima da média, 40% em torno da média e 25% abaixo da média. O segundo, de fevereiro, aumentou a probabilidade para 45% acima da média, 35% dentro da média e 20% abaixo da média. O resultado foi um dos melhores invernos da história.
2008
771,9 mm
O prognóstico divulgado em janeiro daquele ano apontava 40% de chances de as chuvas ficarem acima da média histórica, 35% na média, e 25% abaixo da média. No total, choveu 771,9 mm; portanto, acima da média.
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