Águas do açude verteram o "meio-fio da sangria" na noite deste domingo de Páscoa, após quase três anos.
Quarto maior reservatório hídrico do Ceará, o açude Paulo Sarasate, mais conhecido como Araras, começou a sangrar na noite deste domingo de Páscoa, 9. Localizado em Varjota, a 262 quilômetros de Fortaleza, o açude tem capacidade para armazenar até 859 milhões de metros cúbicos de água. A barragem havia vertido pela última vez há quase três anos, no dia 23 de abril de 2020.
Imagens mostram o momento exato em que as águas do reservatório começaram a verter sobre o chamado "meio-fio da sangria", local onde tradicionalmente os moradores se reúnem para assistir ao transbordo.
Com a sangria de Araras, subiu para 62 o número de açudes cearenses que excederam o limite da capacidade após as últimas chuvas registradas no Estado. Outros nove reservatórios estão na iminência de transbordar, com níveis acima de 90%, segundo informa o Portal Hidrológico do Ceará, gerenciado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Por outro lado, 37 açudes operam com menos de 30% da capacidade.
Situado sobre o leito do rio Acaraú, o Araras também corta os municípios de Pires Ferreira, Hidrolândia e Santa Quitéria. A água do açude é usada para atividades ligadas a piscicultura e supre o abastecimento humano nas cidades de Reriutaba, Ipu, Hidrolândia e Varjota. O reservatório foi construído em 1951 pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e desde então possui grande relevância socioeconômica para a região Norte do Ceará.
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