O governador do Ceará, Camilo Santana, repudiou, por meio de publicação nas redes sociais, o estímulo do presidente Jair Bolsonaro a manifestações com aglomeração de pessoas em defesa do governo federal, e as agressões sofridas por jornalistas neste domingo (3). O gestor estadual classificou o atual período como "tempos sombrios" vividos pelo Brasil.
Por: Alex Albuquerque
Por: Alex Albuquerque
GOVERNADOR CAMILO SANTANA
"Aglomerações estimuladas pelo presidente em meio a uma gravíssima pandemia. Jornalistas agredidos no Dia da Liberdade de Imprensa. O Brasil vive tempos sombrios. Mas este é o momento em que mais precisamos ser fortes, para defender a vida e para lutar pela nossa democracia", colocou o governador".
Na manhã deste domingo, uma carreata de manifestantes pró-Bolsonaro tomou conta da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Dentro de centenas de carros, gritam palavras de ordem contra o presidente da Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro chegou a participar do movimento, que pedia a intervenção militar.
Por meio de transmissão nas redes sociais antes do ato, Bolsonaro afirmou: "Temos as Forças Armadas ao lado do povo, pela lei, pela ordem, pela democracia, pela liberdade. Nós queremos o melhor para o nosso país. Queremos a independência verdadeira dos três poderes, e não apenas uma letra da Constituição, não queremos isso. Chega de interferência. Não vamos admitir mais interferência. Acabou a paciência. Vamos levar esse Brasil para frente. Acredito no povo brasileiro e nós todos acreditamos no Brasil".
Durante a manifestação em Brasília, quatro profissionais da imprensa foram agredidos verbalmente e fisicamente por defensores do governo. Repórteres do Estado de São Paulo, Poder360 e Folha de São Paulo levaram chutes, murros e rasteiras e só conseguiram sair do local com o apoio da polícia, em uma viatura.
Manifestação em Fortaleza
Em Fortaleza, o domingo também contou com uma carreata em apoio a Jair Bolsonaro, mesmo com o decreto nº 33.519/2020, do Governo do Ceará, que proíbe a aglomeração de pessoas e o funcionamento de comércio durante o período de isolamento social.
A carreata percorreu bairros como Aldeota, Dionísio Torres e Cocó, em área nobre da Capital. Alguns motoristas e passageiros foram vistos com bandeiras do País ou vestidos com a camisa do Brasil.
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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
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