De acordo com o IBGE, grupo dos que desistiram de procurar trabalho bateu recorde
Por: Alex Albuquerque
A taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,4% no trimestre encerrado em fevereiro, quando 13,1 milhões de pessoas buscavam emprego. Já as taxas de subutilização e desalento bateram recordes. Os dados são da pesquisa Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) e foram divulgados nesta sexta-feira, 29.
No trimestre de setembro a novembro de 2018, que servem como base de comparação, a taxa de desemprego havia ficado em 11,6%. De acordo com o Instituto, a alta representa a entrada de 892 mil pessoas na população desocupada. Há um ano, a taxa era de 12,6%.
O grupo de trabalhadores subtilizados alcançou 24,6%, chegando a 27,9 milhões de pessoas. O número é o maior da série histórica iniciada em 2012. A taxa dos que desistiram de procurar trabalho também bateu recorde. São 4,9 milhões de pessoas desalentadas. o que representa estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas alta de 6% ou mais 275 mil pessoas em relação a 2018.
Carteira assinada
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi de 33 milhões de pessoas, ficando estável em comparação com o último trimestre e com o mesmo período em 2018. Já o número de empregados sem carteira assinada somam 11,1 milhões de brasileiros. O número é 4,8% menor em comparação com o trimestre anterior, mas 3,4% maior se comparado ao mesmo trimestre de 2018.
A categoria dos trabalhadores por conta própria (23,8 milhões) ficou estável na comparação com o trimestre anterior e cresceu 2,8% em relação ao mesmo trimestre de 2018. O contingente de empregados domésticos é medido separado das demais categorias e se manteve estável em ambas comparações, reunindo 6,2 milhões de pessoas no País.
As categorias do IBGE
O Instituto considera que os subutilizados são aqueles trabalhadores que têm jornada inferior a 40 horas semanais e estavam disponíveis e gostariam de trabalhar mais. Os desempregados são as pessoas que procuraram trabalho mas não estavam disponíveis para trabalhar por alguma razão. Já desalentados são aqueles que estavam disponíveis para uma vaga mas não estavam procurando emprego porque haviam desistido da busca.
Ministério da Economia
Na semana passada, o Ministério da Economia divulgou os dados referentes ao mercado de trabalho formal. Em fevereiro, foram geradas 173,14 mil vagas com carteira assinada. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), é o melhor resultado para o mês em cinco anos.
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