LULA DETERMINA INTERVENÇÃO DO DF APÓS INVASÕES: POLÍCIA PRENDE 30

Medida tem validade até 31 de janeiro e foi determinada em consequência das invasões das sedes dos três poderes da República em Brasília. Pelo menos 30 pessoas foram presas e estão detidas no Senado Federal.



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou, na tarde deste domingo (8), intervenção federal no Distrito Federal. A medida foi determinada em consequência das invasões registradas às sedes dos três poderes da República, em Brasília.

Neste domingo, centenas de manifestantes invadiram o Congresso Nacional, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto e depredaram patrimônio público.


Em entrevista à imprensa, o chefe do Executivo nacional afirmou que todos os envolvidos nos atos de vandalismo serão punidos exemplarmente e que serão descobertos os "financiadores" das ações criminosas. "Nós vamos tentar descobrir quem financiou isso. Quem pagou ônibus, estadia", assegurou Lula.

O decreto que trata da intervenção é válido até o dia 31 deste mês e vale apenas para o que trata da segurança pública. O interventor escolhido pelo presidente é Ricardo Garcia Capelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.

"O interventor fica subordinado ao presidente da República e não está sujeito às normas distritais que conflitarem com as medidas necessárias à execução da intervenção", escreveu o presidente no decreto.

'NÃO SE REPETIRÁ'

Em tom firme, o presidente também afirmou que episódios semelhantes aos que aconteceram neste domingo não se repetirão no País. "Podem ficar certos de que isso não se repetirá", disse, destacando que em nenhum momento da história do Brasil houve caso semelhante decorrente da não aceitação do resultado de eleições.

Não existe precedente o que essa gente fez. E, por isso, essa gente precisa ser punida".

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Presidente da República

Lula ressaltou ainda que ordenou investigações dentro das próprias estruturas governamentais para apurar possíveis omissões. Neste domingo, o secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, ex-ministro do Governo de Jair Bolsonaro (PL), foi exonerado pelo governador Ibaneis Rocha.



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