‘Não julgávamos necessário empregar o Exército nas praias’, diz ministro


Crédito: Adema/Governo de Sergipe

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, esteve nesta terça-feira, 22, em Recife, e afirmou que o governo federal só considerou necessária a entrada de homens do Exército nos trabalhos de limpeza das praias do Nordeste quando as manchas de óleo começaram a aparecer em maior quantidade e em mais localidades.

Em coletiva, Azevedo afirmou que, até então, a tarefa de limpeza das praias estava a cargo da Marinha. “Nós não julgávamos ser necessário empregar o Exército. Quando precisou, nós empregamos. Quando as manchas saíram de Salvador, recrudesceu, e chegaram em Pernambuco nesses dias, aí, sim”, disse.
O ministro esteve em Recife acompanhando o início das ações do Exército nas praias da região, conforme anunciado pelo presidente em exercício, Hamilton Mourão, na segunda-feira, 21. Segundo Mourão, serão destacados entre 4 mil e 5 mil homens da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada.
O ministro garantiu que o presidente Jair Bolsonaro está acompanhando os trabalhos de limpeza e de investigação sobre as origens das manchas de óleo. “A autorização de empregar o Exército, se fosse necessária, foi dele (Bolsonaro), ratificada pelo presidente Mourão. Então ele tem acompanhado, tem me passado mensagens sempre”, afirmou.
Salles
Também em visita a Pernambuco nesta terça-feira, 22, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acompanhou os trabalhos das Forças Armadas na Praia de Itapuama, no município do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, que empregou 60 homens do Exército e 43 da Marinha.
Ao lado do prefeito do município, Lula Cabral (PSB), Salles comentou as ações que estão sendo adotadas. “Nós vimos aqui o que já vimos em outros locais. A Marinha, o Exército, a Aeronáutica, Defesa Civil, funcionários municipais e os voluntários têm feito um grande trabalho com todo apoio do governo.”
Salles garantiu ainda que não vai faltar apoio da União para combater o desastre e voltou a afirmar que o óleo pode ter origem venezuelana. “O que for necessário, em termos de recursos do governo federal, para apoiar medidas contra o problema, nós vamos fazer”, garantiu.

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