POLICIAIS FERIDOS EM AÇÃO CRIMINOSA DE ROBERTO JEFFESON TEM ESTILHAÇOS NO CRÂNIO E NO QUADRIL

Agente e delegado foram atingidos após o ex-deputado atirar com fuzil e disparar granadas


Os disparos feitos pelo ex-deputado Roberto Jefferson com fuzil 5.56 mm e granada provocaram lesões no rosto e na coxa da agente federal Karina Lino Miranda de Oliveira, que também foi atingida por estilhaços no quadril. Já o delegado Marcelo Cortes Villela teve dois fragmentos, também de estilhaços, no crânio. Os dois policiais tentavam cumprir mandado de prisão contra o político.

AÇÃO CONTRA POLICIAIS FEDERAIS

As informações foram obtidas em laudo pelo G1. Segundo a reportagem, Karina revelou que perdeu os sentidos, mas conseguiu passar sua pistola para o policial Daniel porque a dele deu pane durante a troca de tiros com o político. 

Marcelo Villela foi ferido enquanto tentava socorrer Karina. Segundo o delegado, Roberto Jefferson afirmava que "não iria se entregar de jeito nenhum" ou que só "sairia de sua casa morto". Após esse fato, o policial "sentiu o sangue descer de sua cabeça", prejudicando a "visão do olho direito".

À polícia, o ex-deputado admitiu ter dado 50 tiros e lançado três granadas contra agentes da PF. Ainda no depoimento, Jefferson disse que se quisesse "matava os policiais", mas não tinha essa intenção. Ele pediu desculpas pelos feridos, pois "não atirou intencionalmente".

ALERTA

O policial federal Heron Peixoto pulou o muro da residência do político para tentar abrir o portão e liberar o acesso dos demais agentes. Ao tocar a campainha, ele disse em depoimento ter sido advertido por uma mulher:  “vai embora”, “vai embora que vai dar merda”.

Ainda conforme ele, Roberto Jefferson oscilava muito de humor durante as negociações. O ex-deputado dizia que só sairia morto do imóvel e mandava "preparar o cemitério, pois ele iria para lá". Em outro momento o político ficava calmo e topava conversar. 

O escrivão Daniel Queiroz Mendes da Costa detalhou que Jefferson não iria se entregar "de jeito nenhum" após desferir "muito tiro de fuzil" na viatura dos policiais.


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