LIRA QUER DAR A BOLSONARO EM 7 DIAS PEC DA BONDADE, QUE TRAMITARIA PELO MENOS 1 MÊS


Em condições normais, a proposta de emenda constitucional que distribui mais de R$ 40 bilhões em mimos eleitorais consumiria pelo menos um mês de trabalho legislativo. Passaria pela Comissão de Constituição e Justiça. Depois, iria para uma comissão especial onde os deputados teriam o prazo de dez sessões para emendar o texto. Recurso previsto na Constituição permitiria esticar o debate por mais 20 dias. 

Mas o presidente da Câmara, Arthur Lira, operando no modo trator, se equipou para entregar a Bolsonaro ainda nesta semana a PEC que pode idealizada para levar o presidente ao segundo turno da disputa presidencial.

Lira enganchou a PEC a uma outra emenda constitucional que já tramitava na Câmara. Com isso, pulou a fazer da Comissão de Justiça e atalhou as dez sessões de debates. Relator da emenda da bondade, Danilo Forte desistiu de modificar o texto, pois isso forçaria a devolução da PEC ao Senado. O deputado leu seu relatório na comissão especial na noite desta terça-feira. A oposição tentou atrasar o relógio. Mas foi tratorada pela presidente da comissão, Celina Leão, cujas garras estão a serviço de Lira. Concedeu-se aos oposicionistas o mínimo regimental: um pedido de vista. Com isso, a votação na comissão foi adiada para esta quinta-feira.

Lira pretende levar a proposta ao plenário da Câmara no mesmo dia. Sua ideia é a de realizar de uma tacada os dois turnos de votação exigidos para a aprovação de uma emenda constitucional. Deve-se a corrida contra o relógio à urgência de Bolsonaro em começar a pagar os benefícios previstos na PEC: o Auxílio Brasil vitaminado, o vale-gás dobrado, o socorro a caminhoneiros e taxistas. Quanto mais cedo começar o pagamento, maiores as chances de mexer na curvas das pesquisas eleitorais que esboçam uma vitória de Lula no primeiro turno.


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