NÃO EXISTE CRISE ENTRE PDT E PT. O ADVERSÁRIO SERÁ O CANDIDATO BOLSONARISTA

 


O governador Camilo Santana é uma especie de Forpus, conhecido no Nordeste como Tuím, um pássaro  silencioso, calmo, altamente educado, quando domesticado. Se alimenta na palma mão do seu cuidador. Camilo herdou e aprendeu com o pai, Eudoro Santana, a ser um político de longevidade. Escuta, guarda para si e fala o necessário, mas sempre de maneira leal e honrada. Na vida pública, encontrou em Cid Gomes o parceiro ideal, o professor. Os dois ajustaram a sucessão no Ceará. Nada vaza do que foi acertado como estratégia. Faz parte. 

A política não pode ser feita de ódio. Roberto Cláudio derrotou o candidato de Luizianne Lins na sua sucessão. A prefeita lançou um candidato fraco, a gestão recebia crítica. Elmano de Freitas (ficou famoso como poste) ainda chegou no segundo turno, por conta do prestígio da prefeita e da força da máquina. Foi derrotado. Depois, Roberto Cláudio derrotou a própria Luizianne, que ficou para trás, ainda no primeiro turno. Riberto venceu o capitão wagner. Ela foi para a terceira disputa, tentando voltar à Prefeitura. Roberto Cláudio, Cid e Camilo lançaram Sarto. Luizianne ficou na estrada, mas bem votada. Sarto venceu o Capitão Wagner e Luizianne. A ex-prefeita não entende que existe um processo, um projeto. O deputado José Airton Cirilo (PT) tem uma mágoa, que carrega há sete anos. Queria ser secretário do Meio Ambiente, mas Camilo nomeou o petista Artur Bruno. 

Luizianne e Zé Airton terão duas opções em outubro: votar no candidato de Bolsonaro ou seguir votando na aliança PT/PDT, PSD, PC do B, Rede, PP, PSDB, Solidariedade e mais 10 partidos. O governador, que recebeu do ex-presidente Lula a missão de se alinhar com Cid na sucessão, já disse que “mesquinharia não cabe”. 

As declarações de Cid e Camilo casam. O candidato ao governo sairá da fornalha do PDT e o restante da chapa do bolo partidário. O mês é julho, tempo das convenções. A preferência do governador Camilo Santana por Izolda e Evandro, até onde se entende ou não, implicará no processo ou será critério para a escolha. O radar político aponta para análise diária do quadro estadual, sem deixar o cenário nacional distante. 

No seu discurso, nos encontros regionais do PDT, o senador tem repetido, sempre, que o partido está mobilizando suas bases, ouvindo os dirigentes partidários nos municípios e fazendo avaliações importante para decisões futuras. O governador, nas suas incursões nos bairros de Fortaleza e no Sertão, repete o mesmo discurso e na fala sobre sucessão estadual, se limita a jogar confetes na vice Izolda Cela e, sempre, elogiar o presidente da Assembleia, Evandro Leirão. Quando perguntado sobre sua sucessão, Camilo responde com perguntas. “O que estão falando por aí?”

Fonte: Blog do Roberto Moreira


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