CID GOMES: VACINAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA SALVAR VIDAS

Nunca foi tão importante e necessário celebrar o dia 9 de junho. É o Dia Nacional da Imunização, tema que tem adquirido fundamental relevância em tempos de pandemia e de negacionismo.


A data foi criada com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de manter as principais vacinações contra certas doenças em dia, diminuindo a probabilidade de contrair enfermidades como a caxumba, a poliomielite, o sarampo, o tétano e a gripe, entre outras.

Sabe-se que a adesão ao calendário de vacinas vem diminuindo, em função de maciça publicidade contra não só a eficácia, mas também quanto à necessidade em si das vacinas. Isso não acontece apenas no Brasil, mas aqui, em tempos da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, isso se tornou ainda mais preocupante.

Primeiro porque faltam vacinas para a população, recusadas por diversas vezes pela postura genocida e negacionista de Bolsonaro; segundo, porque muitos, sobretudo no governo, questionam a importância da imunização e seguem desafiando tudo o que diz a ciência.

Taxas baixas

Como resultado deste quadro, temos uma taxa muito baixa, em torno apenas 50 milhões de pessoas vacinadas com as duas doses contra a Covid-19.

Importante ressaltar que a invenção das vacinas representou uma revolução na saúde pública e elas são responsáveis por milhões de vidas salvas anualmente pelas campanhas de imunização. No Brasil, o SUS (Sistema Único de Saúde), por meio do PNI (Programa Nacional de Imunizações), garante o acesso gratuito a 19 vacinas, que protegem contra mais de 40 doenças.

Em relação à vacinação contra a Covid, enquanto o Brasil ultrapassou os 475 mil mortos, pouco mais de 24% da população, já recebeu a primeira dose. Em relação à segunda dose, temos apenas 11%.

Vacina cearense

Mas há muito o que comemorar também, com o avanço dos estudos para a vacina nacional, na Fiocruz, no Butantã e também na Universidade Estadual do Ceará (Uece). A vacina cearense é uma parceria da Uece com a Fiocruz.

Ainda neste mês de junho uma reunião entre os pesquisadores das duas instituições deve aprofundar os estudos da chamada HH-120-Defenser, nome da vacina a ser fabricada no Ceará. No momento, a vacina encontra-se em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicabilidade de testes com humanos. Segundo os pesquisadores, a vacina deve ser muito mais barata do que todas as que estão hoje no mercado.

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