CEARÁ DEVE ESTABILIZAR PANDEMIA DE COVID-19 NO FINAL DO MÊS DE MAIO, SEGUNDO PROJEÇÕES DA UFC

A estimativa é um dos cenários do Sistema de Monitoramento Preditivo, que prevê queda de casos confirmados e óbitos em junho

Por: Alex Albuquerque 

Grande movimentação na UPA do bairro Vila Velha neste domingo, 3

A partir da análise de modelos matemáticos epidemiológicos, o Sistema de Monitoramento Preditivo (Simop), da Universidade Federal do Ceará (UFC), projeta que o Ceará estabilize a pandemia de Covid-19 no final do mês de maio. Isso significa que os casos confirmados e os óbitos pela doença parariam de crescer.
O sistema foi desenvolvido no Departamento de Engenharia de Teleinformática (Deti) da UFC, pelo professor André de Almeida.
 “Tudo indica que devemos atingir esse platô até o final do mês de maio, e a partir do mês de junho devemos ter um decréscimo de número de casos confirmados e, consequentemente, de óbitos também”, analisa.
As previsões do Simop contemplam cenários otimistas e pessimistas, baseados em casos assintomáticos, taxa de testagem, hospitalizações, saturação dos leitos e impacto das subnotificações.
 “A ideia é que as autoridades públicas e os gestores do sistema de saúde sejam informados com certa antecedência para que possam ser tomadas medidas no sentido de contornar ou minimizar os efeitos da pandemia”, explica André.
As projeções, no entanto, podem alterar a depender do quadro de saúde pública no Estado. As taxas de isolamento social, o aumento de testes na população e a disponibilidade de leitos são fatores cruciais que definem a resposta à pandemia. Portanto, as previsões são constantemente atualizadas com base nos novos dados fornecidos pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa).
“Atualmente, estamos incorporando [ao Simop] algumas outras dinâmicas que serão importantes em médio e longo prazo, como por exemplo a questão da vacina e também um possível quadro de reinfecção, que é algo que não se pode descartar”, completa André. 
O Simop integra ações em grupo de trabalho de pesquisadores do Centro de Tecnologia da UFC e do Observatório da Indústria, da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).
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