Equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros estão a caminho do local para realizar avaliações da estrutura.
Por: Alex Albuquerque
Pelo menos três famílias moradoras do Edifício Modigliane, localizado no Bairro de Fátima, em Fortaleza, evacuaram os apartamentos, após suspeita de desabamento nesta quarta-feira, 30. De acordo com os condôminos, a construção, que fica a 100 metros da avenida Aguanambi, tem aproximadamente 30 anos. Uma reforma começou na última segunda-feira, 28. Equipes da Defesa Civil do Município estavam a caminho do local para realizar avaliações da estrutura, no fim da tarde desta quarta.
No último dia 15, o Edifício Andréa, no bairro Dionísio Torres, desabou após intervenções na estrutura. Ao todo, nove pessoas morreram e outras sete foram resgatas com vida. Até agora não se sabe a causa do desabamento. Apesar disso, um inquérito policial foi aberto e o Ministério Público já apura a responsabilidade do crime.
Famílias do Modigliane se disseram ainda assustadas com o desabamento do Ed. Andréa, e têm medo de que a tragédia se repita. Moradora da unidade 101, Marta Rodrigues explicou que homens trabalhavam na reforma de uma das colunas de seu apartamento quando uma rachadura se formou em outro cômodo da casa. "Meu marido não quer sair daqui, mas eu quero ainda hoje. Estou morrendo de medo" conta.
O biólogo Davi Landim, morador do segundo andar do edifício, explicou que, por medo de acontecer algo com sua família, preferiu deixar o local ainda na última terça-feira. "Inicialmente, tivemos a informação de que o reparo seria para arrumar apenas um vazamento. Só depois descobrimos que eram as colunas. Não vi escoras. Logo começaram a aparecer rachaduras pequenas entre as portas do nosso apartamento e um engenheiro nos recomendou que fosse feita a inspeção predial”, relata.
“É um prédio muito antigo, que está deteriorado por dentro e por fora. Quando começaram a quebrar, houve rachaduras nos dois primeiros andares. O elevador também emperrou. Ontem, começou a vazar água do quinto para o quarto andar. Hoje, quando fui deixar meu filho no colégio, recebi mensagens relatando novas rachaduras e então saímos”, completa o professor universitário Márcio Benevides, morador do 402.
A Defesa Civil, a qual informou que agentes farão primeiramente uma análise a "olho nu" e a partir disso, se houver constatação de risco, o prédio poderá ser interditado e a evacuação concluída. Após esta análise, os agente devem elaborar um relatório técnico com previsão de entrega nesta quarta ou quinta-feira, 31. A Defesa Civil pode ser acionada pelo número 190.
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