O homem ficou ferido nesta tarde quando fazia a retirada dos escombros da fábrica e das casas atingidas pela primeira explosão  


Por: Alex Albuquerque 


Uma nova explosão na fábrica de fogos de artifício clandestina em Juazeiro do Norteferiu o motorista de uma retroescavadeira que trabalhava no local, na tarde desta quinta-feira (2). O homem foi socorrido pelo Samu. É a sexta vítima de explosões da fábrica ilegal, que funcionava em uma residência do Bairro Frei Damião. Durante a manhã, cinco pessoas ficaram feridas com o acidente.
O motorista, um homem de 33 anos identificado como Jhonatan, ficou ferido nesta tarde quando fazia a retirada dos escombros da fábrica e das casas atingidas pela primeira explosão, ocorrida durante a manhã. Ele foi socorrido consciente pelo Samu e encaminhado a uma unidade de saúde.  

O Corpo de Bombeiros precisou conter as chamas na retroescavadeira, e continua fazendo o trabalho de rescaldo no local.   

Vizinhos atingidos
Vizinhos do imóvel relataram susto na hora da explosão. Uma mulher foi atingida pelo forro da própria casa, uma senhora teve arranhões e outros moradores tiveram a casa avariada. 
Angélica Silva, que reside na rua da fábrica há três meses, relatou não saber da existência do negócio e disse que teve um enorme susto na hora da explosão. "Estava em casa e, quando acabei de tomar café, o forro caiu na minha cabeça. Eu fui pra um canto, [perto do] guarda-roupa, e disse 'Deus, me guarda'", conta ela. 
Alguns moradores também afirmam que tinham conhecimento de que no local havia a atividade ilegal, mas não denunciavam por gostar dos vizinhos e para evitar confusões. 
A aposentada Francisca Vieira, que mora ao lado da fábrica clandestina, também teve a casa atingida. “A gente não vai denunciar uma pessoa que é vizinho”, afirmou. Ela conta que estava com a mãe e o filho em casa quando ocorreu a explosão. 
José Adelson Osmar não estava em casa, mas diz que ouviu a explosão de longe. “Só ouvi um estrondo e corri pra cá. Já sabia [que era perto da casa dele] porque tá com muitos anos desse negócio aí, mas ninguém nunca denunciou, a gente nunca quis problema.”



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