Discurso realizado, hoje (12), sobre as tragédias provocadas pelas barragens de rejeitos minerais, com centenas de mortos e desaparecidos.
O Brasil não pode mais pactuar com a modalidade de alteamento de barragens a montante para represar rejeitos de mineração em regiões densamente povoadas e de grande patrimônio ambiental. A tecnologia obsoleta e assassina está ligada às 19 mortes do desastre em Mariana.
Três anos depois, repete-se a tragédia em Brumadinho com o rompimento da barragem 1 da mina Córrego do Feijão, da Vale, também em Minas Gerais, com centenas de mortos e desaparecidos.
A calamidade em Brumadinho não pode ser definida como mero desastre acidental, uma fatalidade imprevisível. Centenas de outras comunidades ainda convivem com o mesmo perigo igualmente advertido.
Uma forma de não pactuar com futuras tragédias é banir no País essa tecnologia, interromper as estruturas que estão em operação e proibir que novas venham a ser construídas.
Diante da magnitude da tragédia que comove o País é uma ofensa a manutenção do discurso de flexibilização da legislação ambiental, trabalhista e de direitos humanos.
O acidente obriga o País a cuidar com toda seriedade também das barragens de armazenamento de água, fundamentais na região semiárida, sobretudo no Nordeste onde o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) mantém 325 açudes.
O cuidado deve ser observado de modo permanente também na infraestrutura urbana, rodoviária e ferroviária com a manutenção dos pontilhões, pontes, túneis e viadutos, sobretudo aquelas mais
A engenharia brasileira tem tecnologia alternativa para a construção de barragens seguras, para estabelecer protocolos técnicos capazes de minimizar riscos. Com boa manutenção da infraestrutura existente e o monitoramento diuturno, evitaremos novas tragédias que consternam a família brasileira, levam o luto a tantos lares e envergonham o País.
Deputado Federal Leônidas Cristino (PDT - CE)
Por: Alex Albuquerque
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