Funcionários da empreiteira OAS relataram o repasse de propinas e caixa 2. De acordo com delação premiada de oito ex-funcionários da “Controladoria de Projetos Estruturados” — departamento específico para gerir o pagamento de propinas —, políticos de oito partidos diferentes teriam praticado o ato ilegal. Ao todo foram R$ 125 milhões pagos. A delação foi homologada em julho de 2018 por Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do jornal O Globo.
Ainda de acordo com o jornal, são 73 páginas com 127 depoimentos. A procuradora-geral Raquel Dodge, responsável pelo documento, solicita medidas ao ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no STF. O esquema envolvia as obras da Copa de 2014, além da transposição do Rio São Francisco, como provável repasse desses recursos.
Eunício Oliveira (MDB), ex-senador do Ceará, é acusado de receber caixa dois de R$ 2 milhões durante campanha nas eleições de 2014 para governador.
Outros nomes citados na delação foram os de Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP). Ambos ex-candidatos à presidência, em 2010 e 2014, teriam recebido R$ 1,2 milhão e R$ 1 milhão, respectivamente.
Além deles, o ex-deputado do Rio de Janeiro Eduardo Cunha (DEM) é acusado de receber R$ 29 milhões em propina. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, também foi acusado. Ele teria recebido caixa dois no valor de R$ 50 mil durante campanha de 2012 para Prefeitura do Rio de Janeiro.
Também aparecem na lista Edison Lobão (MDB-MA), Eduardo Paes (DEM-RJ), Fernando Pimentel (PT-MG), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Geddel Vieira Lima (ex-ministro), Índio da Costa (PSD-RJ), Jacques Wagner (PT-BA), Sérgio Gabrielli (ex-presidente da Petrobras), Lindbergh Farias (PT-RJ), Marco Maia (PT-RS), Nelson Pellegrino (PT-BA), Rosalba Ciarlini (PP-RN), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Vital do Rêgo (ministro do Tribunal de Contas da União).
O Povo
Por: Alex Albuquerque
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