DECRETOS DE ALCKMIN PSDB NO GOVERNO SÃO PAULO RENDERAM R$ 3,8 MILHÕES A FAMILIARES

Tucano afirma que não interferiu em desapropriação e que ofende bom senso pensar que a obra visou só familiares



 Geraldo Alckmin de olhar fixo e expressão preocupada se prepara para entrevista coletiva, em Betim (MG).
Candidato a Presidente do Brasil  Geraldo Alckmin PSDB

 Governador de São Paulo por quatro vezes, o presidenciável Geraldo Alkmin(PSDB) assinou dois decretos UE levaram a desapropriações de terrenos envolvendo familiares.
Os processos já renderam a eles ao menos R$3,8 milhões.

As medidas, editadas em 2013 e 2014, mencionam como proprietários Othon Cesar Ribeiro, sobrinho do TUCANO, e Juliana Fachada Cesar Ribeiro, hoje sua ex-mulher e mãe de seus filhos, para a construção de uma polêmica rodovia em São Roque, a 70 Um da Capital Paulista. Os decretos resultaram em ações judiciais de desapropriação.

Othon é filho de Adhemar Ribeiro(irmão da ex-primeira dama Lu), cunhado de Alckmin citado em relações como arrecadador de caixa dois para campanhas do candidato.

Além de aparecer nos decretos,  sobrinho é também parte em um dos processos de desapropriação na justiça que começou a tramitar em 2014.

Ele chegou a se apresentar pessoalmente em Juízo ao lado da então mulher para do assunto. Depois, entrou com um pedido para ser retirado, alegando ser ilegitima pelo fato, segundo ele, de Juliana ser a proprietária e por eles serem, na época, casados no regime de separação total de bens. O Juiz, porém, não excluiu.

Othon e Juliana se casaram em 1999 e também montaram sociedade em ao menos duas empresas, além de participarem de concessões aeroportuárias no interior do estado.

Oficialmente chamada de prolongamento do contorno de São Roque, a construção, que fica na rodovia Raposa Tavares, foi pelo então governador tucano em maio de 2016, ao custo declarado de R$ 84,6 milhões.

A concessionária responsável é a CCR VIA OESTE, implicada na Lava Jato. Executivos da empresa disseram ao Ministério Público que pagaram Caixa Dois ao Geraldo Alckmin por meio de Adhemar, pai de Othon.

Após a edição dos decretos por Alckmin, durante seu terceiro mandato, dois processos de desapropriação, etapa formal para casos assim, foram abertos.

Em um dos casos, já houve sentença em março deste ano determinando o pagamento de R$ 2,2 milhões para desapropriação de 28,4 mil m2  de terras ligadas o então casal.

O sobrinho de Alckmin aparece como parte nessa ação. O valor atualizado por correção e juros compensatórios é de até R$ 3 milhões, de acordo com cálculo feito pela a Associação dos Peritos Judiciais do Estado de São Paulo com base nos parâmetros da sentença. Parte do dinheiro, R$ 1,24 milhões, foi usado pela a família para quitar débitos ficais do terreno.

O valor da sentença é expressivamente superior aos que foram discutidos no início do processo e ao que a própria matrícula registrada em 2012 para todo o imóvel(para fins ficais), cuja área é triplo da fração desapropriada: R$ 1, 233 milhões. A CCR havia proposto pagar, no conerço R$ 640 mil pelos 28,4 mil m2.

Postado por: Alex Albuquerque

Fonte: Folha de São Paulo

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